Quarta-Feira Pesada Com Reunião de Política Monetária do Federal Reserve

 | 15.12.2021 08:48

Uma quarta-feira pesada, com várias decisões nos bancos centrais. São 20 reuniões e o maior risco será estes, terem uma atitude mais dura, mais hawkish, achando a inflação atual, disseminada e permanente e não mais transitória. Será um desafio encontrar o “equilíbrio entre o controle da inflação e o suporte do crescimento.” 

Para o Fed, a inflação atual se propaga perigosamente. Não dá mais para ficar “assistindo de camarote”. Tudo nos leva a crer que deve haver uma aceleração no desarme dos estímulos monetários e um “repensar” sobre o melhor timing para o ciclo de juro em 2022. Isso deve ser dito no comunicado de hoje.  

Uma preocupação é a nova variante da Covid, Ômicron que, pela sua agressividade na transmissão, deve travar a retomada da economia de muitos países. A Alemanha, por exemplo, já prevê um crescimento fraco no quarto trimestre deste ano. 

A Agência Internacional de Energia (AIE) começa a “cortar” as previsões de crescimento de demanda por petróleo. O FMI acha que o Ômicron deve ter impacto no curto prazo na economia do Reino Unido, com pressões inflacionárias persistindo. Uma notícia boa é o anúncio da Pfizer (NYSE:PFE) de um antiviral oral, PAXLOVID, reduzindo as mortes e internações em 89%.  

No Brasil, atenção para a repercussão da agência de rating Fitch, rebaixando a perspectiva da nota soberana do Brasil, para negativa, e as “escaramuças” em torno da agenda do Congresso. PEC dos precatórios deve ser decidida até amanhã na Câmara, e o Orçamento no dia 20. 

Sobre a nova variante/h2

A empresa alemã Pfizer anuncia um novo estudo, que confirma a eficácia do seu “antiviral oral” no tratamento da Covid. Com ele, a chance de internação e de morte caem 89%. Resultados com mais de 2 mil voluntários são bem promissores. Nome do remédio, PAXLOVID.  

Segundo a OMS, algumas semanas devem demorar até que o pico desta onda da Covid apareça. 

Interessante no gráfico a seguir. Embora o surto novo preocupe, o nível de óbitos segue bem baixo, tanto na África do Sul, como no Brasil, em alguns estados já em terceira dose de vacina. Interessante que o Bolso é ignorado totalmente neste tema. Isso porque parece que a população brasileira, em peso, aderiu à necessidade de vacinação. Isso reforça SIM sua necessidade.