William Alves | 19.10.2017 10:39
Conforme prometido aqui vai minha singela contribuição a sua tomada de decisão.
Abaixo os gráficos que citei.
Primeiro lembrando que
Empresa calçadista com 65 anos de mercado
3 divisões de negócios:
(i) Esportiva: Olimpikus e OLK
(ii) Azaléia: Azaleia, Dijean e Opanka
(iii) Vulcabrás: Botas Vulcabrás
Olimpikus = 77% da receita em 2016 e 82% no 1S17.
Azaléia = 15,6% da receita em 2016 e 10,7% no 1S17.
OLK, Dijean, Opanka, Vulcabrás = ~8% da receita.
Vendas enfraqueceram com mercado com sobre oferta de calçados e também invasão de produtos do sudeste asiático. Com isso a receita veio caindo até 2016 e consequentemente o Ebit também foi afetado (gráfico 2)
E isso levou a empresa a buscar recursos externos e se endividar (vide quadrados vermelhos) afetando seu resultado financeiro e lucro na última linha.
E nesse cenário as margens também vão pro espaço, ou seja, mergulham no negativo.
Mas como as setas vermelhas mostram e tentam chamar atenção os últimos 2 anos mostram uma melhora substancial! Isso foi resultado de uma série de fatores e medidas tomadas.
Primeiro a troca do management e injeção de recursos pelos controladores, dado que as linhas de financiamento ficaram muito caras para empresa.
Depois a contratação da Galeazzi consultoria pra botar ordem na casa:
– Fechou 25 das 29 fábricas que tinha
– Reduziu o contigente de 45 mil para 15 mil.
– Encerrou joint-venture com a Reebook em 2015
– Buscou muito ganho e melhora de eficiência.
– Focou no desenvolvimento da marca Azaléia para agregar valor e diferenciação
Não por acaso os resultados melhorarem de fato e o nível de rentabilidade passou a ser bem bom!
Mas penso que a crise pode ter até ajudado nas vendas da Olimpikus. Dado que na crise os tênis importados ficaram mais caro por conta do dólar e o poder de compra diminuiu. Nesse caso o tênis Olimpikus poderia ser visto tipo como um bem de Giffen, enfim.
Fato é que conseguiu melhorar os resultados de fato, mas uma coisa ainda não se conseguiu: adicionar valor a marca Azaléia.
Esse é o principal foco a meu ver para o case: saber, acreditar, entender se e como a Azaléia se tornará uma marca forte e com capacidade de vendas a preços bons e com bom retorno. Isso é central para saber se o case vai continuar a ser um case de ROIC satisfatoriamente elevado ou não
Nesse sentido eles vem investindo numa campanha que conta com Grazi Massafera e blogueiras famosas, me parece que vão seguir a estratégia bem sucedida do outro irmão: o Grendene (SA:GRND3). Seguir aquilo que ele fez na Grendene. Tanto é que estão investindo e já produzindo calçados feitos de EVA que é aquilo que a Grendene usa.
Como disse no vídeo converse com sua mulher, namorada, prima, tia. Sei lá alguma mulher pra ver qual a percepção da marca pra ela. Me arrisco a dizer que as mais novas não vão nem conhecer e as que conhecem não gostam muito.
Mas me parece que a nova coleção tem potencial.
$$ do IPO: parte do dinheiro do IPO vai pra pagar grana que sócios emprestaram pra empresa no passado (sem juros) o que não agrada, mas também os caras querem o seu dinheiro de volta depois de 5 anos.
A outra parte entra na empresa pra ajudar a reduzir dívida que vai ficar beeeemm equacionada e pra investimentos o que é muito bom!
Empresa vai pra Novo Mercado o que me agrada.
Falando de números o IPO me parece precificar a empresa num valor relativo fair.
Então saindo a menos de 9,80 que é o preço dela na bolsa hoje, faz sentido a meu ver. como disso eu vou pedir reserva pra mim. Vamos ver...
Paro por aqui para não ficar muito longo. Espero ter ajudado.
Aquele abs!
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