Renda Fixa: É Possível Ter Ganhos Agressivos Como no Investimento em Ações?

 | 11.06.2022 15:29

Tem investidor de renda fixa que acha que título público do Tesouro é tudo a mesma coisa. Basta escolher o que paga a maior taxa e carregá-lo até o vencimento.

Sinto informar que quem pensa assim está redondamente enganado(a).

O Tesouro Direto tem três tipos diferentes de títulos: os prefixados, os indexados à inflação e os pós-fixados.

Cada título se comporta de uma maneira diferente e terá uma boa rentabilidade em uma fase distinta do ciclo econômico e de juros.

Tem título que ganha mais quando os juros sobem; tem título que ganha mais quando os juros caem.

Além disso, mesmo conseguindo escolher o melhor tipo de título para o momento, há uma grande diferença entre os papéis no que se refere ao vencimento.

Títulos com vencimento no longo prazo se comportam de maneira totalmente diferente dos títulos de curto prazo. É possível que títulos curtos prefixados subam ao mesmo tempo que títulos longos prefixados caiam.

Pode até parecer loucura, mas é a mais pura realidade.

Ou seja, quando for investir em um título, você tem que pensar:

1. Qual dos três tipos disponíveis vou escolher? Prefixado, indexado ou pós-fixado?

2. E o prazo de vencimento? Longo, meio da curva ou curto prazo?

3. De qual indexador? Privado ou público?

Escolher a natureza correta com o prazo errado pode gerar prejuízos.

Vamos a um exemplo: ano de 2015, quando o Banco Central, comandado na época por Alexandre Tombini, levou a taxa Selic de +7,25 para 14,25 por cento ao ano — as taxas de curto prazo prefixadas caíam, enquanto as longas não paravam de subir.