Repensando Inflação, Dólar, Fed e Investimentos

 | 19.06.2021 12:50

Desde criança, eu já contemplava a insustentabilidade das coisas. Que me lembre, a primeira vez foi ponderando a breve durabilidade dos meus tênis, cujas solas se gastavam rapidamente. Era muito atrito! Cresci numa época em que entretenimento sedentário e eletrônico se resumia à televisão.
Mesmo assim, além do limite de tempo, imposto pela minha mãe, meu pai deu um sumiço na nossa TV - que nem era colorida! Deixou-a trancada num maleiro por um ano. Moleque tinha que crescer ao ar livre, correr, pular muros, trepar em árvores, subir no telhado, jogar bets, andar de bicicleta, esfolar-se, gastar energia e chegar em casa cansado e sujo. Isso fazia parte de uma infância saudável, promovendo desenvolvimento físico, social e emocional. Entre os amigos, contar cicatrizes e machucados era contar vantagem. Muitas vezes, ao tirar as calças, tinha que molhar o joelho antes, para descolar o jeans grudado às feridas secas. Criança bem nutrida também comia casquinha de machucado! Mas o comportamento na infância parece ter mudado bastante.

Tudo muda. Por isto, na economia e nos mercados financeiros, precisamos estar atentos. Constantemente. Por melhor que seja uma análise, ela não é definitiva ou permanente.

Não sou de publicar análises com frequência e, muito menos, citar os papeis em minha carteira pessoal. Mas, este ano, muitos amigos me pediram sugestões. No início de março, resolvi fugir ao costume e escrevi sobre quatro papeis, nos quais, eu me posicionara (artigo). Quem seguiu aqueles palpites, não se arrependeu. Da publicação, até o fechamento desta terça-feira (15/6/2021), as rentabilidades obtidas foram:

  • Vale (SA:VALE3) = +11,83%.
  • BRF (SA:BRFS3) = +29,28%
  • Embraer (SA:EMBR3) = +74,82%.
  • Atom (SA:ATOM3) = +120,33%.