Investing.com | 14.12.2015 23:32
Por Jesse Cohen
Com o fim dos resultados do terceiro trimestre e a atenção dos investidores voltada para outros assuntos, como a preocupação com o crescimento global e a perspectiva de o Fed elevar as taxas de juros, a temporada de resultados parece ter saído do radar.
Para aqueles que prestam atenção, contudo, houve algumas surpresas e decepções, assim como alguns poucos sinais de crescimento de setores – e da economia – e mudanças de paradigma.
Então, quem são os maiores ganhadores e perdedores dessa temporada de resultados dos EUA? E quais foram os principais fatores que influenciaram os dados trimestrais das empresas?
h2 Cenário desolador/h2Ao todo, 1.522 das companhias listadas em Wall Street bateram as expectativas de resultado no terceiro trimestre, 59,3% do total. Isso parece ser impressionante, até que você considere que 785 empresas ficaram abaixo das previsões. Ainda, 260 companhias publicaram resultados que apenas atingiram a meta.
Para comparação, durante igual período do ano passado, estabilidade entre dólar e o euro no futuro próximo, caindo de US$ 1,09/EUR hoje.
Adicionalmente, perspectivas mais fracas de crescimento global poderão pesar nos ganhos, especialmente, das multinacionais que possuem a maior parte dos seus negócios fora dos Estados Unidos. Companhia com menor exposição a ativos fora dos EUA tendem a ter um resultado melhor em 2016.
Para o quarto trimestre de 2015, espero ganhos acima da média nas ações de consumo, como Amazon, Home Depot (N:HD), Nike (N:NKE) e Starbucks (O:SBUX), e queda nos resultados de ações de industrias sensíveis ao crescimento global como Caterpillar (N:CAT) e Deere (N:DE).
Olhando para 2016, as projeções atuais apontam para novo trimestre com ganhos negativos, antes de estabilizar para retornar o crescimento a partir do segundo trimestre.
Análise gráfica dos índices S&P 500 contra a Nasdaq 100 apontam que o setor de tecnologia poderá perfomar melhor no quatro trimestre na comparação com o restante do mercado.
No gráfico mensal do S&P 500 acima, um doji se formou logo abaixo de um suporte de uma grande queda que vimos em agosto, o que indica que ainda há diversos vendedores por volta do nível 2100.
O candle anual para 2015 parece um doji de cruz, marcada de roxo no gráfico abaixo.
Essa formação – após longa subida – pode sinalizar o fim de sete bons anos do mercado desde a crise de 2008.
Se os resultados do quarto trimestre forem as decepções que muitos analistas esperam, ou simplesmente apontar que chegou o momento de se retirar do mercado e aguardar tempos melhores, poderemos ver o índice S&P novamente testando uma resistência (após testar mais cedo neste ano, entre agosto e setembro). Uma queda abaixo dos 1820 (base da zona), poderá abrir caminho para novas perdas – com o primeiro alvo em 1560, quando a resistência vira suporte.
Se os resultados do quarto trimestre surpreenderem e oferecerem esperança de melhores resultados em 2016, e as taxas de juros forem mantidas em nível baixo, o S&P 500 poderá atingir 2135, quando, novamente, abre espaço para novas altas.
Contudo, o movimento lateral, presente no mercado durante o outono, aliado aos baixos volumes e a tendência de alta dos últimos sete anos podem aumentar as chances de se iniciar uma correção.
A história é um pouco diferente para o Nasdaq 100. O índice já ultrapassou a área vendedora entre 4700 e 4200 e segue em sua tendência de alta para os máximos de março de 2000 (4780-4800). No momento, a possibilidade de romper esse teto é alta, mas, a não ser que novas zonas compradoras se formem, os recordes podem ser um falso-rompimento.
Nesses níveis históricos, investidores são orientados a manter um olho nos gráficos semanais e mensais para identificar sinais de aviso de formação de candles de reversão.
Neste momento, parece que o candle anual irá terminar com um martelo de alta (desde que não caia até o final do mês), o que, dentro de uma tendência de alta, não significa nada além de continuação.
A queda do volume pode sinalizar fraqueza, mas não impediu o Nasdaq 100 de subir durante o ano. Por isso, ainda aguardamos o setor de tecnologia apresentar fortes resultados no quarto trimestre e, possivelmente, no primeiro trimestre de 2016.
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