Risco Maior de Recessão nos EUA Ainda Pode Não Ter Sido Precificado nas Ações

 | 27.05.2022 10:10

Este artigo foi escrito exclusivamente para o Investing.com

Estamos nos aproximando da metade do ano, e tudo indica que os problemas dos mercados ainda não acabaram, em vista do temor maior de uma recessão. Afinal, o PIB real dos EUA no 1º tri ficou negativo, e aumentam as chances de que o mesmo aconteça no 2º tri. O modelo GDP Now, do Fed de Atlanta, projeta um crescimento de 1,8% neste trimestre. Mas o número vem caindo de forma constante e, com a inflação em 8%, não se pode descartar essa possibilidade.

Esse temor maior de uma recessão também está começando a pesar sobre os mercados. O dólar de repente começou a cair, enquanto as taxas dos títulos americanos, como as da nota de 10 anos, começaram a subir. Não apenas isso, mas o eurodólar e os contratos futuros dos fundos do Fed já começaram a precificar altas menores de juros e a possibilidade de o primeiro corte ocorrer até meados do ano que vem.
Neste momento, contudo, as estimativas de resultados do S&P 500 pelo menos estão se segurando e, apesar de a relação P/L do índice estar caindo forte, ainda não descontou uma recessão. As estimativas de resultados subiram para US$ 227,43 por ação para 2022, acima dos US$ 220 estimados no início do ano. Apesar da estabilização dessas projeções, ainda é preciso ver sua reversão para baixo.