Semana Terá PIB, Desemprego, Contas Externas, Dados Fiscais, IGP-M e G-20

 | 26.11.2018 08:31

A última semana de novembro terá como destaque o encontro do Grupo dos 20 países mais ricos em Buenos Aires. O clima da cidade ainda segue tenso pela violência das torcidas que impediu a decisão da Copa Libertadores entre Boca Juniors e River Plate no fim de semana e deve continuar assim nas negociações comerciais entre os Estados Unidos e a China. A expectativa é sobre como será a postura do presidente americano Donald Trump ao se encontrar com o colega chinês Xi Jinping, depois de uma semana de acusações americanas de roubo de tecnologia por parte de companhias chinesas. Trump já demonstrou desprezo pelas reuniões do G-20 e pode aumentar a preocupação mundial com as relações comerciais das duas maiores economias do mundo.

Já o acordo preliminar entre Reino Unido e União Europeia para a saída do país do acordo comercial pode ajudar a reduzir a tensão na Europa. O texto, porém, ainda terá de passar pelo Parlamento britânico e há sinais de que a oposição pode tentar derrubar o texto, que não foi dos mais favoráveis aos britânicos, como já se esperava.

Espaço para novas altas dos mercados

No Brasil, com a equipe econômica do futuro governo praticamente pronta, a expectativa será com relação ao que vai ser negociado com o Congresso para aprovação ainda este ano, e que pode ser a independência do Banco Central ou uma reforma fiscal. A reforma da Previdência, ao que tudo indica, não terá espaço para discussão este ano e poderá ser reiniciada no ano que vem.

“Se o governo conseguir aprovar alguma coisa até o fim deste ano, ou a reforma tributária ou a independência do Banco Central, e aí no ano que vem a reforma da Previdência começar a andar, acho que vamos ver aquela coisa gradual e constante (de retomada dos investimentos)”, afirmou o presidente do BTG Pactual (SA:BPAC11) Ricardo Sallouti. Segundo ele, todos estão otimistas com o novo governo, mas sabem que o desafio é implementar as reformas necessárias. “À medida que o governo for vencendo as barreiras, temos tudo para ver uma tendência de retomada de crescimento, até porque temos uma capacidade ociosa na economia muito alta e o maior reflexo disso é o desemprego”, diz. Para ele, a aprovação da reforma provocaria uma nova onda de alta dos preços da bolsa e queda dos juros e dólar. “Nesses preços de mercado ainda não estão incluídos uma aprovação de uma reforma, há espaço para avançar”, afirma.

PIB brasileiro

Abaixe o App
Junte-se aos milhões de investidores que usam o app do Investing.com para ficar por dentro do mercado financeiro mundial!
Baixar Agora

Na agenda econômica, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgará na sexta-feira, dia 30, o resultado do Produto Interno Bruto (PIB, soma de todas as riquezas produzidas pelo país) no terceiro trimestre. O Banco Fator estima uma alta de 0,8% sobre o segundo trimestre e de 1,5% em relação ao terceiro período de 2017. Estes valores levariam a um crescimento de 1,5% em 2018, em relação a 2017.

Já a MCM Consultores revisou ligeiramente para cima na sexta-feira a estimativa, de 1,4% de alta para 1,5% na comparação anual e manteve a trimestral em +0,8%. Se confirmado, esse resultado poderá levar a consultoria a rever para cima a projeção de crescimento do ano, hoje em 1,3%. As principais contribuições positivas para a revisão vieram do setor de serviços – sobretudo do comércio – e da agropecuária, diz a MCM. Já as maiores contribuições negativas vieram de outros serviços e da indústria de transformação.

Para o Departamento Econômico do Bradesco (SA:BBDC4), o PIB deve ter alta de 0,5%, com dinâmica favorável do consumo das famílias e dos investimentos.

Desemprego

O IBGE divulgará também dados relativos ao emprego na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) de outubro na quinta-feira. A LCA Consultores trabalha com uma taxa de desemprego de 11,6%, ligeiramente do estimado pelo mercado e pelo Banco Fator, de 11,8%. A pesquisa anterior mostrou uma desocupação de 11,9%.

Já o Banco Central divulgará na próxima semana três notas à imprensa: estatísticas do setor externo na terça-feira, dados de crédito e base monetária na quarta-feira e o resultado fiscal do setor público na sexta-feira. Antes, na quinta-feira, o Tesouro divulga o resultado do Governo Central, que inclui Banco Central, Previdência e o próprio Tesouro. Para o Bradesco, a expectativa para esses dados são: déficits das contas públicas mais controlados, balanço de pagamentos ajustado e concessões de crédito acelerando.

O Banco Fator estima um déficit de US$ 6,37 milhões na conta corrente de outubro. Já a LCA Consultores estima um déficit de US$ 570 milhões. A mediana do mercado trabalha com um superávit de US$ 600 milhões.

Contas públicas

Com relação aos indicadores fiscais, o Fator estima um déficit primário (sem os juros da dívida) do Setor Público consolidado de R$ 33,35 bilhões e um resultado nominal (com os juros) negativo em R$ 39,94 bilhões. A dívida pública líquida em relação ao PIB deve recuar para 51,5%, estima o Banco Fator. Para o resultado primário do Governo Central divulgado pelo Tesouro, o Fator espera um déficit de R$ 2,34 bilhões. no mês.

IGP-M deve indicar deflação

Na quarta-feira, a Fundação Getulio Vargas (FGV) deve divulgar o IGP-M de novembro, usado na correção de contratos de longo prazo, como aluguéis e tarifas públicas. O Banco Fator espera uma uma deflação de 0,55% no mês e alta de 9,62% em 12 meses. Já a LCA espera deflação também, de 0,47%, e alta em 12 meses de 9,72%.

PIB dos EUA e ata do Fomc

O destaque na agenda internacional será a divulgação do resultado do PIB do terceiro trimestre dos Estados Unidos na quarta-feira. O Bradesco destaca também a ata do Comitê de Mercado Aberto (Fomc) do Federal Reserve (Fed, banco central americano) os dados de inflação e o início da reunião do G-20. A ata do Fomc deverá trazer mais detalhes sobre a mudança do tom recente, que tornou o discurso marginalmente mais preocupado com a atividade global e resultou em retração dos juros longos americanos. “Ao mesmo tempo, acreditamos que os dados de inflação nos EUA e na Europa deverão seguir sem sinais de pressão”, diz o banco.

Por fim, estarão em destaque o acordo entre Reino Unido e Comissão Europeia no domingo e o início do encontro do G-20, cujas expectativas estão voltadas às negociações entre EUA e China, diz o banco.

Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.

Sair
Tem certeza de que deseja sair?
NãoSim
CancelarSim
Salvando Alterações