Será que Chegou a Hora de Investir no Brasil?

 | 03.10.2019 00:15

Ao longo das últimas décadas, gerações de brasileiros cresceram ouvindo o vaticínio de Stephen Zweig de que “o Brasil é o país do futuro”, mas esse “futuro” nunca chegava. O Brasil é um país em desenvolvimento que está sujeito aos mesmos vícios dos seus vizinhos sul-americanos: corrupção, falta de liberdade econômica, instituições fracas e legislação que não para de mudar, tudo sob o pulso firme de um estado interventor nos moldes keynesianos.

No espectro político brasileiro, não importava se o governante era de direita ou de esquerda, a palavra de ordem era gastar. A última recessão se deveu em grande parte ao modelo de crescimento baseado no endividamento, que culminou no impeachment da presidente Dilma Rousseff, em 2015. Isso permitiu a emergência e a popularização do pensamento liberal clássico nos debates públicos, que acabou influenciando diretamente a eleição do presidente Jair Bolsonaro.

Assim nascia uma improvável aliança entre um grupo militar e liberais clássicos, na forma de um casamento político entre o presidente e seu Ministro da Economia, Paulo Guedes. Defensor do livre mercado, ex-banqueiro e Ph.D. pela Escola de Economia de Chicago, Guedes afirmou que seu objetivo era ser o grande reformador da economia brasileira, o “Chicago boy” do país.

A seguir, elencamos quatro razões macroeconômicas que explicam por que o momento do Brasil pode estar chegando

h2 1. Privatização de empresas estatais/h2

Antes mesmo de assumir o cargo de Presidente da República, Jair Bolsonaro fazia campanha defendendo a privatização de empresas estatais. Guedes já anunciou seu plano de desestatização de R$ 80 bilhões que, segundo ele, está avançando pela "via expressa". O plano está sendo encabeçado pela BR Distribuidora (SA:BRDT3).

O governo também anunciou sua intenção de privatizar 17 empresas do governo, entre elas os Correios, na área de serviços postais, e a Eletrobras (SA:ELET3), no setor de energia. A única limitação é que a privatização depende da aprovação do Congresso.

h2 2. Empresas brasileiras estão refinanciando suas dívidas/h2