Setores de Varejo e Tecnologia Mostram Primeiros Sinais de Fraqueza no 1T nos EUA

 | 27.05.2019 12:13

Com a temporada de balanços do 1T quase chegando ao fim, está ficando bastante claro que os resultados dos dois grandes pilares do mercado norte-americano – tecnologia e varejo – estão perdendo força. Se essa tendência persistir, não será difícil dizer que os melhores dias do mercado de ações para os investidores já ficaram para trás.

Algumas das maiores empresas de tecnologia dos EUA, como Apple Inc. (NASDAQ:AAPL), Alphabet (NASDAQ:GOOGL), e Intel Corp (NASDAQ:INTC), foram prejudicadas pelo enfraquecimento da demanda dos seus produtos e serviços, o que também está começando a provocar “rachaduras” em sua expansão futura.

A Alphabet, empresa controladora do Google, divulgou seu crescimento de receita mais lento desde 2015, enquanto a Apple registrou a primeira queda sucessiva em suas vendas e lucros trimestrais em mais de dois anos. Para a Amazon (NASDAQ:AMZN), maior varejista mundial da internet, o primeiro trimestre foi variado. Enquanto sua receita operacional bateu um recorde ao saltar 129%, seu crescimento de receita desacelerou para 17%, bem abaixo do ritmo trimestral de 30% que a empresa teve em média ao longo dos últimos três anos. A companhia projetou um crescimento de 16% para o segundo trimestre, com base no ponto médio da sua previsão.

E o cenário mais amplo também não parece promissor. Por 15 trimestres consecutivos, até o último mês de julho, os lucros das empresas de tecnologia superaram o S&P 500, com uma diferença de crescimento de 6,3 pontos percentuais em média. Mas essa vantagem está diminuindo rapidamente. Os lucros do primeiro trimestre caíram mais de 6%, os piores em uma década, de acordo com dados da Bloomberg.

Tanto as grandes empresas quanto os consumidores contribuíram para essa desaceleração. A Apple, por exemplo, está sendo prejudicada pela relutância dos consumidores em adquirir modelos mais caros, enquanto as fabricantes de chips enfrentam um período de demanda fraca em diversos mercados finais, inclusive data centers.

As esperanças de uma rápida recuperação na indústria de semicondutores foram por água abaixo depois da escala na guerra comercia EUA-China, levantando dúvidas sobre a capacidade dessas companhias de manter as margens de lucro e um crescimento substancial se as potências mundiais não resolverem rapidamente sua disputa.

O (Índice de Semicondutores da Filadélfia) (SOX) teve uma queda de 14% no mês passado, tornando-se a maior vítima da batalha comercial. As ações da Apple caíram 11% no mês por preocupações de que pudesse haver uma deterioração maior da sua demanda caso os consumidores chineses e o governo do país resolvessem retaliar a empresa. A China é o terceiro maior mercado da Apple, respondendo por cerca de US$ 52 bilhões das vendas da companhia no último ano fiscal.

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