Jason Vieira | 03.05.2023 08:16
Finalmente, a super-quarta (sim, super, pois para o mercado local, une vários eventos de suma importância) e neste contexto, aguardam-se decisões de juros sem grandes surpresas por parte das autoridades monetárias.
O mesmo deve ocorrer amanhã com a decisão na Zona do Euro, ou seja, Brasil mantém, EUA sobem mais 25 bp e BCE elevam juros em 50 bp, tudo dentro do esperado e nos conformes da situação econômica vigente.
Localmente, parte dos indicadores econômicos que se esperavam pudessem registrar contração e menor atividade econômica acabaram por surpreender e preservaram uma parcela das pressões de núcleos inflacionários, especialmente de serviços e bens industriais.
Além disso, a questão fiscal vigente ainda não tem definição e portanto, não abre espaço para que haja alívio nos vértices das curvas de juros de forma a permitir a retomada do afrouxamento monetário antes do segundo semestre deste ano, sendo possíveis cortes a partir de agosto.
Estes mesmos cortes, além dos núcleos inflacionários citados pelo Bacen, continuarão a depender dos rumos da criação do arcabouço fiscal e se seu foco continuará na busca por receitas e não, na redução de despesas.
Nos EUA, os sinais necessários do mercado de trabalho para o fim do aperto monetário podem começar a ocorrer esta semana, a depender de como reagirão o ADP Employment hoje e o Payroll na sexta-feira.
Ambos, nos níveis atuais e ainda que abaixo das medições anteriores continuam fortes e a redução de ímpeto, especialmente no crescimento marginal do custo de mão de obra precisa ocorrer para garantir quem a reversão da atual política de juros não tenha no mercado de trabalho um ponto de aceleração da inflação.
Este equilíbrio entre evitar uma recessão ao mesmo tempo em que se controla a inflação, conhecido como Soft Landing é o alvo de toda autoridade monetária, mas alto difícil de se alcançar na realidade, em meio à leniência que BCs do mundo tiveram por meses com a explosão de preços.
Na Zona do Euro, a situação se complica mais, pois o peso da inflação continua alto e sem sinais claros de alívio, portanto, deve continuar a política de alta de juros por um período ainda indeterminado.
Além dos juros, atenção aos ISMs hoje.
h2 ABERTURA DE MERCADOS/h2A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, na expectativa pelas decisões de política monetária.
Em Ásia-Pacífico, mercados positivos, com a ausência do mercado chines e japonês, devido à Golden Week e na expectativa pelo FOMC.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, sem rumo, leve alta no ouro, platina e paládio.
O petróleo cai em Londres e em Nova York, com temores de recessão em nível global afetando os preços.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 0,51%.
h2 CÂMBIO/h2Dólar à vista : R$ 5,0382 / 1,01 %
Euro / Dólar : US$ 1,10 / 0,327%
Dólar / Yen : ¥ 135,64 / -0,659%
Libra / Dólar : US$ 1,25 / 0,361%
Dólar Fut. (1 m) : 5068,50 / 1,11 %
h2 JUROS FUTUROS (DI)/h2DI - Janeiro 24: 13,26 % aa (-0,30%)
DI - Janeiro 25: 11,99 % aa (-0,65%)
DI - Janeiro 26: 11,71 % aa (-0,39%)
DI - Janeiro 27: 11,79 % aa (-0,19%)
h2 BOLSAS DE VALORES/h2FECHAMENTO
Ibovespa: -2,3984% / 101.927 pontos
Dow Jones: -1,0783% / 33.685 pontos
Nasdaq: -1,0816% / 12.081 pontos
Nikkei: 0,12% / 29.158 pontos
Hang Seng: -1,18% / 19.699 pontos
ASX 200: -0,96% / 7.197 pontos
ABERTURA
DAX: 0,712% / 15838,97 pontos
CAC 40: 0,795% / 7441,92 pontos
FTSE: 0,310% / 7797,17 pontos
Ibov. Fut.: -2,39% / 103223,00 pontos
S&P Fut.: 0,21% / 4145,5 pontos
Nasdaq Fut.: 0,174% / 13217,00 pontos
h2 COMMODITIES/h2Índice Bloomberg: -0,87% / 101,43 ptos
Petróleo WTI: -2,80% / $69,66
Petróleo Brent: -2,60% / $73,36
Ouro: 0,01% / $2.016,22
Minério de Ferro: -0,90% / $101,20
Soja: -0,45% / $1.433,00
Milho: -1,45% / $628,75
Café: 0,74% / $190,65
Açúcar: -0,20% / $25,1
/h2
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