Guilherme Tiglia | 12.04.2023 11:11
A Transmissora Aliança de Energia Elétrica SA, a Taesa (BVMF:TAEE11), pretende levantar entre R$ 1,5 bilhão e R$ 2 bilhões em uma oferta de novas ações, segundo o Brazil Journal.
De acordo com a publicação, o objetivo seria reforçar o caixa da empresa para prepará-la para capturar oportunidades nos próximos leilões de transmissão de energia da ANEEL, agendados para 2023 e 2024.
Ainda conforme o Brazil Journal, a oferta primária ocorreria na segunda metade de abril ou em maio.
Em linhas gerais, com o cenário vigente de juros altos, maior pessimismo em relação à economia e também considerando o tamanho dos lotes a serem ofertados, pode ser que os próximos eventos atraiam um número menor de participantes interessados, principalmente investidores menores, abrindo espaço para as grandes empresas como a Taesa.
Veja que estamos falando de grandes lotes, exigindo maior Capex (investimentos) e maior expertise na execução dos projetos.
Considerando tudo isso, com eventualmente uma menor concorrência, há uma expectativa para que as participantes do leilão (provavelmente os maiores e melhores nomes) possam ser menos agressivas em seus lances, obtendo taxas de retorno mais elevadas.
Esse cenário é totalmente diferente de alguns períodos anteriores, com ofertas de lotes menores em um momento totalmente diferente de juros (custo de capital).
Taesa ainda tem espaço para buscar novos investimentos? Analisando a saúde financeira da empresa, vemos que o nível atual de alavancagem da Taesa é de 3,7 vezes o EBITDA (Dívida Líquida/EBITDA) — vs. 4,2 vezes em 2021.
Apesar de o setor de utilities permitir uma alavancagem financeira mais elevada (dada toda a previsibilidade do modelo de negócios), acredito que nesse nível fica um pouco mais limitado buscar aumentar o endividamento (por exemplo, emitir debêntures) para novas oportunidades de negócio. Por esse motivo, entendo que ela estaria avaliando a emissão.
Além disso, é uma empresa de fluxo de caixa recorrente (inerente ao segmento de transmissão) e margem EBITDA acima de 80%, o que é positivo, pois trata-se de uma empresa eficiente, rentável e lucrativa.
No último leilão, a Taesa foi a maior arrematadora, mas precisou oferecer deságios elevados para vencer a disputa por lotes.
Visando equilibrar um pouco esse ponto, a Taesa pode buscar compensar os deságios dos próximos leilões por uma economia de CAPEX em relação ao que era orçado, melhorando a taxa de retorno RAP/CAPEX. A RAP é a Receita Anual Permitida.
Com relação às concessões com vencimentos mais de “curto prazo”, a empresa deve compensar isso com a entrada em novos projetos.
Apesar de gostar de Taesa e da gestão, vejo que existem melhores oportunidades no momento considerando os preços atuais.
Tenho preferido investir em outros nomes no segmento, por exemplo, Alupar (BVMF:ALUP11), Equatorial (BVMF:EQTL3), ISA Cteep (BVMF:TRPL4)) e Engie (BVMF:EGIE3) Brasil, inclusive tenho algumas dessas opções no Nord Dividendos.
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