TC (Traders Club): Quais São os Potenciais e Riscos de TRAD3?
Investing.com | 15.08.2022 10:10
As ações do Traders Club (BVMF:TRAD3) acumulam uma queda de mais de 38% desde o fim de junho, quando saíram as primeiras denúncias contra a empresa em um vídeo anônimo. De R$7,10 em 28 de junho, está agora cotada a R$4,35 após o pregão da última sexta-feira, mas chegou a uma mínima de R$3,51 no período.
A situação esquentou após acusações à Empiricus pelo TC, que credita a autoria da produção do vídeo apócrifo à casa de research. O CEO do TC, Pedro Albuquerque, disse em entrevista coletiva que pretende ir à Justiça contra a empresa comandada por Felipe Miranda.
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O TC é a única empresa de seu setor – plataforma de educação financeira e investimentos – listada na Bolsa brasileira. A empresa realizou seu IPO e abriu capital em 2021.
No começo, chegou a ser cotada ao redor de R$11,00, vendo seu valor de mercado disparar até os R$3,7 bilhões. Hoje, porém, após a queda vertiginosa desde o começo da polêmica, vê sua capitalização valendo menos de R$1,5 bilhão.
Mas qual a real situação da empresa? Será que ainda vale a pena investir em TRAD3? Confira o que o InvestingPro aponta sobre o papel.
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Potencial de Valorização/h2
Com o fechamento de sexta levando o papel a R$4,35, o movimento de baixa vem se consolidando - já que chegou a valer R$4,76 na segunda-feira. Porém, ainda há um bom potencial de valorização em TRAD3 para o curto e médio prazo.
A ferramenta de preço-justo do InvestingPro aponta sua cotação ideal como R$5,46. O que gera um potencial de crescimento em 25,4% para o papel. E, ainda, dentre os 12 modelos próprios de análise de preço, dois deles projetam que TRAD3 possa subir acima de R$7,00.
Pelo Fluxo de Caixa Descontado e EBITDA de 10 anos, poderia chegar a R$7,30. Já pelo Fluxo de Caixa Descontado e Receita de 10 anos, chegaria a R$7,61. Pelos múltiplos de receita a cotação também pode passar de R$6,00, o que mostra que o problema da empresa não está em gerar caixa.
Por outro lado, pelo múltiplos de Preço/Luco (R$3,62) e de EBIT - Lucro Antes de Juros e Impostos (R$4,22), o papel poderia até valer menos do que vale atualmente.
Saúde Financeira/h2
Por outro lado, no aspecto da saúde financeira da empresa, TC fica a desejar. Com uma nota D segundo o InvestingPro, há motivos para preocupação. O que está pior é a avaliação de Lucratividade, classificação E, com diversas métricas de eficiência negativas, como Margem Operacional (-46,4%), Retorno Sobre Capital Investido (-9,3%), ROE (-6,3%) e lucro líquido.
O Momentum de Preço também está como classificação E, o que era de se esperar visto a queda recente na cotação. Já a categoria de Valor Relativo é a melhor da empresa, com avaliação C.
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Conclusão/h2
Desde o fim de junho, a cotação de TRAD3 vem em queda, com alguns poucos momentos de alta no período. Ainda envolvida com as polêmicas acusações do vídeo anônimo – que foram desde manipulação na Bolsa até assédio sexual no ambiente de trabalho – as incertezas são enormes em relação à empresa.
A saúde financeira de TC é abaixo do ideal, mas há potencial para melhora – principalmente por conta das receitas estáveis. E o potencial de valorização por conta do preço-justo projetado, acima de 25%, é bem interessante no momento. Mas, como bem sabemos, a instabilidade na renda variável pode ser ainda maior quando há problemas a serem resolvidos.
O que você espera de TRAD3 para o futuro?
OBS: Os dados apresentados no texto foram coletados na sexta-feira, 12 de agosto de 2022
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