Teste Nuclear Norte Coreano Gera Pânico na Ásia e Perdas na Europa.

 | 06.01.2016 07:40

ÁSIA: As bolsas asiáticas continuaram sob pressão nesta quarta-feira (06/01), após um teste nuclear, realizado pela Coreia do Norte, acirrar os nervos dos investidores já preocupados com a desaceleração na China.

Pouco depois de um tremor de magnitude 5,1 ser registrado, nesta quarta-feira, na zona de testes nucleares da Coreia do Norte, uma estatal de televisão de Pyongyang confirmou a realização "com sucesso" de um teste nuclear com uma bomba de hidrogênio. O epicentro do tremor foi registrado pelo Instituto Geológico dos Estados Unidos (USGS) no nordeste da Coreia do Norte, a cerca de 50 km de Kilju, próximo à base de testes nucleares de Punggye-ri, onde aconteceram os três testes atômicos anteriores realizados até o momento, em 2006, 2009 e o último deles em fevereiro de 2013.

Os investidores saíram em busca de ativos mais seguros neste ambiente hostil. O iene japonês, considerado um porto seguro em tempos de tumulto, subiu contra o dólar, sendo negociado a 118,59, em comparação com 119.15 antes da notícia sobre a Coreia do Norte. O won coreano caiu contra o dólar, sendo negociado a 1,196.73, ante 1,192.20 antes da mesma notícia. A Reuters, noticiou que as autoridades cambiais sul coreanas estariam vendendo dólares para conter a queda do won, após a notícia do terremoto. Ouro, outro ativo seguro, subiu 0,33% em US$ 1,080.75 a onça.

Enquanto isso, o rendimento dos títulos de 10 anos do tesouro dos EUA recuou 2,22 pontos base para 1,27%. Um ponto base é 1/100 de um ponto percentual. Os preços dos títulos e os rendimentos se movem em direções opostas.

Os principais mercados terminaram a sessão sem direção. Kospi da Coreia do Sul recuou 0,26%, o Nikkei do Japão caiu 0,99%, enquanto o ASX 200 da Austrália registrou uma perda de 1,18%. Na China, os mercados contrariaram a tendência, com o Shanghai sendo negociado em alta de 2,27%.

Papéis de defesa sul coreanos registraram rápidos ganhos, após a notícia do teste nuclear da Coreia do Norte. Firstec subiu 2,89% após chegar a registrar 20,76% de valorização no intraday. SPECO terminou 16,46% maior e Victek disparou 25,80%. Samsung Electronics caiu 2,73%, antes da divulgação do seu balanço do quarto trimestre, no final da semana. Na Consumer Electronics Show (CES), em Las Vegas, a gigante de eletrônica divulgou uma série de novos produtos, incluindo laptops, tablets, TVs e uma geladeira inteligentes além de novos designs para sua linha de smartwatch Gear S2.

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No Japão, as ações da Toyota caíram 1,98%, mesmo após a montadora anunciar que pretende vender 1,15 milhões de veículos na China neste ano, junto com seus parceiros de joint venture, alta de 2,7% a partir de 2015. De acordo com relatos, as vendas da Toyota na China caíram 2,4% em dezembro ante ano anterior, para cerca de 122 mil veículos.

Outros exportadores também caíram, pressionados por um iene mais forte. Sony recuou 2,19% e Panasonic perdeu 1,52%.

Na Austrália, ações do setor bancário foram destaque de baixa. National Australia Bank, um dos big four, caiu 1,39%. Entre as mineradoras, Rio Tinto (L:RIO) caiu 2,9% e a produtora de minério de ferro, Fortescue, despencou 6,07%. A produtora de ouro Newcrest fechou em alta de 2,03%, embalado pela alta do preço do ouro.

Na China, os mercados recuperaram parte do recente sell-off, quando dados mostraram uma modesta expansão no setor de serviços do continente em dezembro, o mais lento em 17 meses. Na segunda-feira (04/01), as bolsas chinesas despencaram, após números de manufatura fracos, o que levou mercados a acionarem o dispositivo de circuit breaker. Relatos de que uma decisão inesperada tomada pelo Banco Popular da China (PBOC) de não renovar uma linha de crédito para o Banco de Desenvolvimento da China, implementou uma inquietação nos mercados chineses.

Pequim respondeu na terça-feira (05/01) com uma enxurrada de medidas de apoio, incluindo uma injeção de quase US$ 20 bilhões, durante o horário de negociação e de notícias do BPC de que haviam interferidos para apoiar o yuan. Antes da abertura do pregão desta quarta-feira, o Banco Popular da China fixou o ponto médio do yuan em 6,5314 por dólar, uma correção para baixo de 0,22% ante o dia anterior, num ritmo mais rápido do que em sessões anteriores, colocando o yuan no seu mais baixo nível desde 2011, pegando alguns analistas de mercados de surpresa.

Em Hong Kong, o maior promotor imobiliário da China, China Vanke, retomou as negociações, com as ações caindo 10,92%. A empresa vem lutando contra uma oferta hostil de um dos seus maiores acionistas. Suas ações foram suspensas desde 18 de dezembro e em Shenzhen ainda permanecem interrompidas.

O petróleo continuou no foco das atenções, depois que os preços caíram no pregão asiático, apesar das tensões em curso entre dois produtores de petróleo proeminentes: Arábia Saudita e Irã. Na Austrália, papéis do setor fecharam sem direção, enquanto no Japão, a Inpex e Japan Petroleum tiveram perdas de 3,21% e 1,99%, respectivamente

EUROPA: Mercados europeus abriram em baixa, após o último teste nuclear da Coreia do Norte e as tensões geopolíticas no Oriente Médio aumentando as incertezas entre os investidores. O pan europeu Stoxx 600 cai mais de 0,9%.

A tensão entre Arábia Saudita e Irã acendeu temores com as negociações de paz no Oriente Médio, mas na terça-feira (05/01) a Arábia Saudita sinalizou que não afetaria as conversações sobre a Síria, cuja rodada deste mês está programada para Genebra.

Com o aumento das tensões geopolíticas, algumas ações de defesa estão se beneficiando. BAE Systems (L:BAES) da Grã Bretanha e a francesa Thales operam em território positivo. As ações de fornecedores europeus da Apple operam em forte baixa nesta quarta-feira após um relatório divulgado na terça-feira(05/01) sugerindo que a gigante da tecnologia dos EUA pode reduzir significativamente a produção dos iPhone 6 e 6S Plus. Dialog Semiconductor cai 4%, enquanto a Austria Microsystems e ARM também recuam em território negativo. As ações listadas nos EUA da Apple fecharam em baixa de mais de 2% ontem (05/01).

Os stocks do setor de petróleo operam em forte baixa, após o petróleo atingir uma nova baixa de 11 anos. Lundin Petroleum despenca mais de 5%, enquanto as gigantes, incluindo a Total e Shell, que caem 0,65% e 1,28%, respectivamente.

No Reino Unido, o FTSE 100 está de volta no território negativo, a caminho do menor patamar de fechamento desde 21 de dezembro. O benchmark caiu 2,4% na segunda-feira (04/01) depois dos dados de manufatura chineses decepcionantes renovar preocupações sobre o crescimento da segunda maior economia do mundo e desencadear uma onda de vendas mundial.

Empresas de mineração, que são sensíveis à saúde econômica da China por ser um dos maiores compradores de recursos naturais, lideram as perdas no benchmark. BHP Billiton cai 4,32%, Antofagasta (L:ANTO) recua 2,42%, Rio Tinto tomba 4,26% e Glencore (L:GLEN) recua 2,07%.

AGENDA DO INVESTIDOR: EUA
12h45 - Final Services PMI (Índice PMI de Serviços);
13h00 - ISM Non-Manufacturing PMI (índice baseado em pesquisas com 400 empresas não industriais, em 60 setores em todo o país);
13h00 - Factory Orders (mede o volume de pedidos feitos à indústria como um todo, de bens duráveis e bens não duráveis);
13h30 - Crude Oil Inventories (Relatório de Estoques de Petróleo dos Estados Unidos);
17h00 - FOMC Meeting Minutes (Ata da última reunião de política monetária do Federal Reserve);


ÍNDICES MUNDIAIS - 7h30:

ÁSIA
Nikkei: -0,99%
Austrália: -1,18%
Shanghai: +2,27%
Hong Kong: -0,98%

EUROPA
Frankfurt - Dax: -0,76%
London - FTSE: -0,79%
Paris CAC: -0,67%
IBEX 35: -0,41%
FTSE MIB: -0,74%

COMMODITIES
BRENT: -2,19%
WTI: -1,63%
OURO: +0,39%
COBRE: -0,67%
SOJA: -0,32%
ALGODÃO -0,02%

ÍNDICES FUTUROS
Dow: -0,88%
SP500: -0,97%
NASDAQ: -1,01%

Observação: Este material é um dados desse relatório .

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