Tom Dovish do Fed e Saúde do Presidente

 | 15.07.2021 08:47

Nos EUA, o discurso de Jerome Powell no Congresso acabou como um “antídoto” aos mais açodados, que pedem mudanças para já no “transcurso” da política monetária norte-americana. Disse o presidente do Fed que os debates sobre o “tapering” continuam nos próximos encontros do banco central americano, mas reafirmou sua crença de que a inflação atual é transitória e que mudanças na taxa de juros só fazem sentido quando a economia “retornar ao pleno emprego”, ou seja, a taxa de desemprego, hoje em 5,9% da PEA, recuar próxima a 4,5/5,0%. Disse Powell que seria um “erro mudar a política monetária de forma prematura” e que “as projeções apontam que os preços cederão com a abertura plena da economia”. A contribuir para isso, a elevada produtividade da economia norte-americana, entre as mais altas do mundo.

Mesmo assim, a inflação segue preocupando. Em junho o PPI, indicador de preços ao produtor, subiu 1% contra maio, com o núcleo também subindo 1%, em 12 meses, a 7,3%. Antes, o CPI veio a 0,9%, elevado em 12 meses, a 5,4%, bem acima da meta do Fed, de 2,0%. O núcleo foi a 1%. Já o Livro Bege mostrou “uma economia em ritmo moderado, com a maioria das empresas em expansão, mesmo com a falta de insumos em algumas cadeias produtivas”.