Trump ou Biden: Três Ações Devem se Beneficiar em Qualquer Cenário
Investing.com | 29.10.2020 09:15
Publicado originalmente em inglês em 28/10/2020
Faltando menos de uma semana para a tão esperada eleição presidencial nos EUA, o mercado pode ficar um pouco mais volátil, principalmente se o resultado não ficar imediatamente claro.
Independente de quem vencer, estas três ações têm boas condições de se beneficiarem:
1. Rockwell Automation
A Rockwell Automation (NYSE:ROK) (SA:R1OK34), que fornece serviços de informação e automação industrial, viu suas ações superar o desempenho do mercado mais amplo neste ano, ao subir cerca de 17%. Mais impressionante ainda é que as ações mais do que dobraram (+105%) desde a mínima de meados de março.
Independente de quem vencer, Trump ou Biden, a fabricante de software e equipamentos industriais sediada em Milwaukee, Wisconsin, deve ser uma das principais beneficiárias de qualquer lei de estímulo pós-eleição, a fim de impulsionar a atividade econômica durante a pandemia de coronavírus.
Os papéis da Rockwell fecharam o pregão de terça-feira cotados a US$ 236,88, não tão distantes da máxima histórica de US$ 251,95 atingida em 16 de outubro. Sua capitalização de mercado é de quase US$ 27,5 bilhões.
A empresa reportou sólidos resultados no terceiro trimestre no fim de julho, superando as expectativas de resultados e receita, apesar do ambiente econômico incerto trazido pela pandemia de covid-19.
A fornecedora de tecnologia da informação – que bateu as expectativas de resultados e receita por quatro trimestres consecutivos – deve divulgar seu balanço financeiro antes da abertura dos mercados americanos no dia 10 de novembro.
Se bem que a expectativa seja que os dados de faturamento e resultados caiam fortemente em relação ao ano passado, os números provavelmente melhoraram em relação ao trimestre precedente, em razão da modesta recuperação econômica.
A estimativa consensual é de um LPA de US$ 1,75 em comparação com US$ 1,27 no quarto trimestre fiscal. A receita deve ficar em US$ 1,58 bilhão, subindo quase 14% ante US$ 1,39 bilhão no trimestre anterior. No ano passado, o LPA do mesmo período foi de US$ 2,01 sobre uma receita de US$ 1,73 bilhão.
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Os players do mercado também ficarão de olho na perspectiva da Rockwell para o resto deste ano e para os próximos A empresa elevou suas projeções de LPA para o ano fiscal de 2020 para a faixa de US$ 7,40 a US$ 7,60 no último trimestre, uma alta em relação à faixa anterior de US$ 6,90 a US$ 7,70.
2. Pfizer
A gigante farmacêutica Pfizer (NYSE:PFE) (SA:PFIZ34) é uma das líderes na corrida pela vacina para a covid-19. A empresa está trabalhando ao lado da fabricante alemã de medicamentos BioNTech (NASDAQ:BNTX) para desenvolver seu imunizante, que está no último estágio dos ensaios clínicos nos EUA.
A corporação sediada em Nova York divulgou, na terça-feira, que cerca de 36.000 pessoas já receberam uma segunda vacinação na fase 2/3 do ensaio clínico, que conta com 42.000 participantes.
Ao falar com os acionistas na teleconferência de resultados do 3º tri, o CEO da empresa, Albert Bourla, ressaltou que a nova vacina estava prevista para ser lançada no fim de outubro. Entretanto, essa informação não será confirmada até que o conselho de monitoramento de dados e segurança da Pfizer realize a análise da droga, provavelmente na segunda metade de novembro.
Não importa quem vai vencer a eleição, a implementação de uma campanha nacional de vacinação para garantir a segurança das pessoas contra o coronavírus é um ponto de concordância entre ambos os candidatos.
O papel registra alta de 4,5% em 2020 e fechou o pregão de terça a US$ 37,43. Sua capitalização de mercado é de quase US$ 208 bilhões.
A Pfizer apurou um LPA de US$ 0,72 no terceiro trimestre, superando as estimativas em alguns centavos. A receita, entretanto, caiu 4% para US$ 12,13 bilhões em relação ao ano anterior, ficando abaixo das previsões de US$ 12,31 bilhões, com a pandemia mundial abalando a demanda de determinadas terapias.
A empresa farmacêutica agora espera resultados para o ano na faixa de US$ 2.88 a $2.93 por ação, com receita entre US$ 48,8 bilhões a US$ 49,5 bilhões.
Comentando sobre o cenário político incerto, Bourla chamou a eleição de um “marco artificial”.
Em suas palavras:
“Não será uma vacina republicana ou democrata, será uma vacina para os cidadãos do mundo.”
3. NextEra Energy
A NextEra Energy (NYSE:NEE) (SA:NEXT34), maior geradora de energia renovável dos EUA, está em alta neste ano, graças à crescente demanda por energia solar e eólica.
A gigante do setor sediada em Juno Beach, Flórida, aprovou um desdobramento de suas ações de quatro para uma no início deste mês e vem expandindo sua base tradicional de clientes de serviços públicos. A empresa instala parques eólicos e solares para grandes corporações que desejam operar suas instalações com energia verde.
Dessa forma, a empresa deve continuar se beneficiando da constante mudança para energia verde, independentemente do resultado eleitoral.
As ações da NEE saltaram cerca de 25% neste ano, melhor do que os retornos do S&P 500 e do Dow Jones no mesmo período. O papel atingiu a máxima histórica a US$ 77,01 em 12 de outubro, encerrando o pregão de terça a US$ 75,78.
Em um marco simbólico, sua capitalização de mercado, de US$ 148,4 bilhões, ultrapassou a dos maiores nomes tradicionais do setor de energia nos EUA, como Exxon Mobil (NYSE:XOM), de US$ 138,7 bilhões, e Chevron (NYSE:CVX), de US$ 133,8 bilhões.
A empresa reportou resultados mistos no terceiro trimestre na semana passada, com um LPA subindo 11% em relação ao mesmo período do ano passado, a US$ 2,66. A receita, por outro lado, declinou 14% ano a ano, para US$ 4,79 bilhões. A estimativa consensual de resultados foi de US$ 2,59 por ação sobre uma receita de US$ 5,44 bilhões.
O mais importante é que a NextEra Energy melhorou suas projeções para os próximos anos, citando a força atual do ambiente de desenvolvimento de fontes renováveis e a execução contínua em todas as suas áreas de negócio.
“A NextEra Energy registrou fortes resultados trimestrais e continua bem posicionada para realizar nossa perspectiva de crescimento em 2020 e no longo prazo”, afirmou o CEO Jim Robo na divulgação dos resultados em 21 de outubro.
A maior geradora mundial de eletricidade eólica e solar agora espera lucrar entre US$ 2,40 e US$ 2,53 por ação em 2021, uma alta em relação à projeção anterior, de US$ 2,35 a US$ 2,48. A empresa também afirmou que espera elevar seu LPA de 6% a 8% em 2022 e 2023.
Referindo-se às próximas eleições, a gerência declarou que está bem posicionada para ter sucesso em qualquer cenário.
Se Trump for eleito para um segundo mandato, “esperamos continuar nosso bom momento, focados em nossa estratégia de execução”. “Se, por outro lado, Biden se tornar presidente, ele deixou claro que apoiará fortemente, em seu programa de governo, os recursos renováveis”.
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