UE Alerta Sobre Riscos em Espanha e Eslovênia

 | 11.04.2013 20:10

Os esforços da Espanha para conter os gastos públicos e melhorar o desempenho econômico estão perdendo força, embora ainda haja muito trabalho a fazer, alertou a Comissão Europeia num relatório divulgado ontem que também aponta a Eslovênia como um outro possível problema.

"A Espanha deve [...] manter o ritmo das reformas" para lidar com os "grandes desafios à frente", disse o Comissário para Assuntos Econômicos e Monetários, Olli Rehn, durante a apresentação de uma avaliação anual da saúde e competitividade de vários países europeus.

O relatório adverte que os prolongados problemas da zona do euro estão pesando sobre a economia mundial.

O crescimento na região deve continuar fraco nos próximos meses em relação aos níveis históricos, afirmou a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Essa fraqueza é uma das principais razões pelas quais o comércio internacional vai se recuperar só ligeiramente este ano em relação aos níveis já muito baixos de 2012, segundo a Organização Mundial do Comércio.

A Espanha está entre os países mais atingidos da Europa, com uma profunda recessão e um desemprego acima de 25%. A desalavancagem e a dificuldade de acesso aos mercados de financiamento continuam sendo "uma ameaça tangível", alerta o relatório da Comissão.

Mas apesar de anos de cortes orçamentários e de uma profunda reestruturação do setor bancário, parte de um pacote de socorro de 41,3 bilhões de euros (US$ 54 bilhões) da zona do euro ao seu setor financeiro, a tarefa do país está "incompleta", disse o relatório.
"Mesmo as reformas já adotadas nem sempre tiveram um efeito completo, devido a atrasos na implementação", disse o relatório. "A capacidade de ajuste da economia continua insatisfatória, com muito do ônus do ajuste pesando sobre o emprego."

A França, a segunda maior economia da zona do euro depois da Alemanha, estava perdendo a sua "resistência" a choques externos e "suas perspectivas de crescimento de médio prazo estão cada vez mais dificultadas por antigos desequilíbrios", diz o relatório.

Rehn disse que preferiria que o governo francês usasse "medidas permanentes" para controlar sua crescente dívida pública.

Os especialistas da Comissão advertiram que a dívida da Itália, estimada pela Eurostat (a agência de estatísticas da União Europeia) em 127,1% do PIB em 2012, "continua sendo um fardo pesado [...] e a maior causa da vulnerabilidade". O relatório disse que os problemas da economia italiana, a terceira maior da zona do euro, podem causar repercussões "consideráveis" no restante da zona monetária.
A situação da Eslovênia também foi examinada, com o relatório ressaltando que o país precisa enfrentar o endividamento excessivo das empresas, que está pondo em risco a estabilidade do setor bancário. O relatório disse que 23,7% dos empréstimos corporativos estão inadimplentes há mais de três meses.

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A economia eslovena encolheu 2% em 2012. A primeira-ministra, Alenka Bratusek, tentou na terça-feira dissipar os rumores de que o país seria o sexto membro da zona do euro a pedir um pacote de socorro.

Há também muita coisa que a Alemanha, não incluída no relatório, pode fazer para controlar seu superávit, disse Rehn, citando medidas para abrir seu mercado de serviços, aumentar a participação das mulheres na força de trabalho e permitir que os salários aumentem em paralelo com a produtividade.

Mas Rehn também disse que o governo alemão já está tomando medidas nesse sentido e que o declínio no seu superávit de conta corrente em relação aos outros membros da UE significa que a Alemanha não pertence à categoria dos países com fortes desequilíbrios externos.

O Reino Unido deve tentar resolver o problema das empresas muito endividadas e improdutivas, que sobrevivem graças às baixas taxas de juros e à tolerância dos credores. O país poderia, assim, combater os riscos à estabilidade do sistema financeiro e aumentar os investimentos em firmas mais produtivas, disse o relatório.

Os números divulgados ontem pela Eurostat mostraram que os custos trabalhistas começaram a cair no ano passado em alguns dos países mais atingidos pela crise fiscal e da dívida soberana da zona do euro, sinal de que suas economias começaram o doloroso processo de desvalorização interna que pode torná-las mais competitivas no futuro.

Mas embora haja alguns sinais de progresso na luta contra a fragilidade econômica subjacente que levou à crise da zona do euro, alguns temem que o recente afrouxamento nos mercados de títulos soberanos leve à complacência.

"Meu medo é que, com a melhora da situação financeira e o mercado de títulos de dívida em alta, as autoridades monetárias passem a relaxar um pouco e sentir que as iniciativas devem continuar, mas não necessariamente com a rapidez com que deveriam", disse Christine Lagarde, diretora-geral do Fundo Monetário Internacional, no canal de TV americano de CBS.

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