UEDC, Primeira Cripto “Árabe”, Pode Crescer ou Não Passa de um Golpe?

 | 11.11.2021 16:25

Este artigo foi escrito exclusivamente para o Investing.com

  • Número de tokens não para de subir
  • “Especialistas da indústria” no Oriente Médio
  • Primeira “criptomoeda árabe descentralizada”
  • Sem comentários dos Emirados Árabes
  • Disparada em 1 de novembro

Com a chegada de novos tokens ao mercado a cada dia, o número de ofertas na classe de ativos não para de subir, independente do crescimento ou não da capitalização do mercado geral. Todo o frenesi causado pelo bitcoin, ethereum e diversos outros tokens está provocando o surgimento de novas criptomoedas com uma variedade de usos no mercado. O sucesso sempre leva à imitação.

A China está trabalhando atualmente na versão beta do seu iuane digital. Não demorará muito para que outros governos façam o mesmo, colocando no mercado versões digitais de meios de pagamento como dólar, euro, libra esterlina, iene, entre outros.

Embora a emissão desses tokens fique a cargo dos governos, provavelmente surgirão imitações se passando por stable coins que rastreiam os valores de moedas governamentais. O tether (USDT) é um exemplo, ao seguir a cotação do dólar, mas está longe de ser uma moeda digital aprovada pelo governo dos EUA.

Órgãos reguladores já estão cogitando ir para cima de stable coins como o tether. No entanto, o USDT atingiu uma impressionante massa crítica, já que é atualmente a quarta criptomoeda líder, com um valor de mercado de US$73,5 bilhões em 11 de novembro.

Na semana passada, entrou em cena o United Emirates Decentralized Coin (UEDC). A moeda oficial dos Emirados Árabes é o dirham, negociado a 0,27 em relação ao dólar americano. Em 11 de novembro, cada dólar valia 3,67 dirhams. Ainda não está claro se o UEDC tem a aprovação do seu país. Dito isso, ainda não dá para saber se o UEDC é outro token revolucionário e evolucionário ou um golpe que acabará na lata de lixo das criptomoedas.

h2 Número de tokens não para de subir/h2

O bull market nas criptomoedas continuou nas últimas semanas, alimentado pelo bitcoin, ethereum e várias outras criptomoedas que registraram novas máximas recordes. O céu parece ser o limite para essa classe de ativos, que está se aproximando do valor de mercado de US$3 trilhões. Ao final do primeiro de 2020, circulavam no ciberespaço 8.153 tokens. Em 9 de novembro, o número já havia subido para 13.877, um aumento de mais de 70% em 2021.

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Bitcoin, ethereum e centenas de outras criptomoedas podem ser novos meios de troca, mas também existem moedas digitais que são piadas, além de fraudes que povoam a classe de ativos. Os investidores precisam ficar atentos a essas possíveis fraudes que estão surgindo na esteira dos significativos retornos do criptomercado.

O bull market nas criptos oferece um terreno fértil para enganadores. Grande parte dos tokens em circulação acabará acumulando pó em carteiras eletrônicas. E alguns participantes do mercado podem acabar caindo em golpes antes que o esquema seja descoberto.

h2 “Especialistas da indústria” no Oriente Médio/h2

Em 7 de outubro, surgiu mais uma cripto no mercado. Sua descrição é a seguinte:

“Criptomoeda anônima, peer-to-peer e de código aberto criada com base na Binance Smart Chain e desenvolvida por especialistas da indústria no Oriente Médio.”

Tirando os erros gramaticais na mensagem original em inglês, o United Arab Emirate Decentralized Coin (UEDC ) é uma moeda novata na classe.

h2 Primeira “criptomoeda árabe descentralizada”/h2

O white paper da cripto afirma o seguinte:

“A oferta total é de apenas 20 milhões, o que faz com que seu potencial de valorização seja astronômico, gerando muito lucro para quem negocia ou investe no UEDC. Além dos Emirados Árabes, as criptomoedas foram banidas na Argélia, Iraque, Marrocos e Líbia. A Jordânia alertou o público contra o uso do bitcoin. Mesmo nos países onde existe essa proibição, publicações na internet sugerem que as pessoas geralmente burlam a lei. O Kuwait não reconhece as criptomoedas em transações comerciais oficiais e proíbe o setor bancário e empresas controladas pelo estado de negociá-las”.

O documento prossegue dizendo que o Kuwait e o Líbano, países onde foram emitidos alertas e restrições, pretendem implementar suas próprias moedas digitais.

h2 Sem comentários dos Emirados Árabes/h2

Até o momento, os Emirados Árabes Unidos não fizeram qualquer pronunciamento quanto ao novo token que leva seu nome.