Brasil: Um Banco Central Mais Duro na Política Monetária

 | 10.02.2022 09:44

O tom mais duro da ata do Copom e as várias declarações de diretores, nos levam a acreditar numa política  monetária ainda mais dura nos próximos meses. Isso se reflete no mercado de futuro, com os juros curto e médio pressionados (ontem, acima de 10 pontos).  

Estimamos, pelo menos, mais duas elevadas da taxa Selic, uma em março, outra, talvez, em maio, devendo assim se manter por um tempo. No mercado de dólar, o momento é de “derretimento”, dada a perspectiva de aumento do diferencial entre juro interno e externo. Quarta-feira, chegou a recuar a R$ 5,22 não sendo surpresa se passar do “piso” de R$5,00 no médio prazo.  

Já no mercado de ações, o Ibovespa tenta engrenar altas, mesmo num ambiente de volatilidade, com as bolsas de NY “meio de lado”, também pela dureza do Fed, mas cautelosos diante dos imbróglios geopolíticos entre Rússia, Ucrânia e OTAN. Nesta quinta-feira, a grande expectativa gira em torno do CPI de janeiro, talvez mais salgado do que o esperado.