Uma Espirituosa Teoria Econômica

 | 21.08.2019 14:05

O insípido idioma "economês" pode limitar a informação econômica, afastando-a de um alvo popular. E, não raramente, se esquiva de qualquer diagnóstico ou prognóstico explícito. Coisa difícil essa das previsões econômicas... Voltam-se facilmente contra quem as proferiu! Mas a comunicação também é um entretenimento para a mente. Ora pelas ideias que exprimem, ora pela purga irreverente de uma realidade inquietante. Alguma dose de descontração também é cabível diante dos dilemas econômicos atuais. Brincadeira não é pecado, ou já estaríamos condenados desde a infância. Alguém pleno de valor e convicto da própria natureza estará longe de se sentir ofendido, rancoroso ou vulnerável com qualquer fraseado buliçoso. Essas fraquezas são características daqueles mais preocupados com alguma imagem do que com a verdadeira essência. A obsessão pela reverência é o ônus da vaidade. E o melindre dos ofendidos expõe apenas as fissuras de sua fragilidade.

Direto ao ponto, explico que, ao usar termos relacionados à fé, não pretendo ironizar a espiritualidade de ninguém. Qualquer chacota é dirigida apenas aos eminentes politiburos econômicos que vêm se consolidando globalmente neste século XXI.

O capitalismo de livre mercado vem sendo sistematicamente substituído por um temeroso modelo de planejamento central. A meu ver, esse processo deixa a economia global cada vez mais refém de uma fantasia financeira insustentável. Os antigos regimes marxistas-leninistas já evidenciaram a fatal incompetência dessa presunção calamitosa. Contudo, essa arrogância ideológica ainda era discreta nas economias ocidentais mais dinâmicas. Se sempre existiu em um grau bem menor, passou agora a assumir dimensões surreais. E ameaçadoras para o próprio capitalismo!

Para quem não conhece o termo monetarismo, ele define uma teoria da economia voltada para os meios de pagamento. Esta enfatiza o papel de uma política monetária deliberada a fim de restaurar a estabilidade macroeconômica através da oferta de moeda e outros meios de pagamento. Essa oferta se traduz em emissão de moeda e expansão da base monetária. Economistas monetaristas entendem que os objetivos da política monetária são cumpridos de melhor maneira ao criar metas de aumento da oferta monetária, e não pelo engajamento em políticas monetárias discricionárias.

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Na prática, o resultado caricato da teoria resumida acima talvez possa ser ilustrado pelos gráficos e comentários informais que partilhei com alguns colegas e amigos mais próximos. Volto a produzi-los aqui: