Uma Quinta Onda?

 | 29.11.2021 08:48

Iniciamos esta semana com vários países fechando suas fronteiras, na expectativa sobre a intensidade desta nova cepa, Ômicron, e se as vacinas disponíveis são eficazes (ou não). A Associação Médica da África do Sul indica, por enquanto, que os sintomas são “relativamente leves”, e a OMS não a distingue de outras cepas. Aguardemos os próximos eventos. 

Sobre a agenda da semana, prevemos mais volatilidade, sendo destaque, além da nova cepa, uma série de indicadores, como nos EUA o payroll e a taxa de desemprego na sexta-feira, e no Brasil o PIB do terceiro trimestre, dados fiscais e o IGP-M. Importante também sabermos como deve transcorrer as votações da PEC dos precatórios, ainda cercada de polêmicas e reações negativas.   

Sobre a Covid /h2

O laboratório Moderna (NASDAQ:MRNA)  (SA:M1RN34) não descarta que esta cepa escape das vacinas atuais e uma nova vacina esteja disponível no início do ano novo. Neste cenário, a vacinação se torna algo ainda mais urgente, ainda mais quando se sabe que os países que experimentam uma nova onda agora são aqueles em que o ciclo de vacinação está mais atrasado. Não cabe aqui debater a tal “liberdade”, quando se sabe que uma pessoa não tomando, se pegar o vírus, contamina outras, mesmo estas que tenham tomado. Todas as vacinas disponíveis são relativamente eficazes, mas não 100%. 

O fato é que esta cepa, se for tão grave e agressiva, como se especula, deve representar uma “nova onda” de lockdowns, e mesmo reversão da recuperação econômica. Na Europa, segundo a plataforma Our World in Data, a maior média de mortes por Covid desde fevereiro, aconteceu nestes últimos sete dias. Foram 5,2 mortes por milhão de habitantes. E isso acontece num cenário em que a inflação ameaça o velho continente, pelos problemas de sempre, como falta de insumos, gargalos de produção, excesso de demanda, alta das commodities, destaque para o petróleo e o gás natural.