Uma Simples Aritmética

 | 30.06.2014 16:42

Quando um bate-papo casual se volta para a economia, o assunto costuma ser custo de vida, juros altos, salários baixos e educação dos filhos subindo sempre muito acima da inflação. E, certamente, todos nós gostaríamos de saber se as coisas ainda vão melhorar ou piorar. No entanto, pouca gente tem disposição para se aprofundar no assunto.

Economia é coisa complexa e, para muitos, também é chata! Se essa impopularidade não bastasse, os próprios economistas entram em contradição e fazem projeções divergentes!

Talvez seja impressão minha, mas parece até que alguns telejornais se limitam a uma breve reportagem econômica, passando rapidamente para o noticiário esportivo. Como se os "gols da rodada" procurassem redimir a curta, porém enfadonha, cobertura econômica no país do futebol. Normalmente, são pessoas com negócios próprios e investidores em renda variável que desenvolvem maior curiosidade no assunto. Essas pessoas sentem mais rapidamente no próprio bolso quaisquer oscilações econômicas.

Mas, com maior ou menor rapidez, e direta ou indiretamente, a economia afeta todos nós.

Se uma abordagem mais técnica se tornaria menos intuitiva, tentaremos escapar disso aqui. Vamos falar justamente da população. De gente, mesmo! Afinal, antes de qualquer outra coisa, essa é a variável que forma o substrato principal da economia. Especular sem levar em conta o perfil da população seria como tentar acertar um alvo sem enxergá-lo. Prestando atenção aos países chaves para a economia globalizada, poderemos ver que muitos dos impasses econômicos atuais são simples reflexos de mudanças nas suas populações. E, na condição de exportador de matérias primas e alimentos, o Brasil é bastante dependente da economia mundial.

O mercado norte-americano mantém uma primazia importante para o desempenho econômico global. Logo, é dele que falaremos primeiro. A expectativa de vida por lá, média entre ambos os sexos, é de aproximadamente 80 anos.