Vacinação no Brasil: Imunização Pode Começar em Dezembro e os Destaques da Semana

 | 11.12.2020 14:54

h5 Panorama Semanal de 7 a 11 de dezembro*

A Anvisa aprovou a regra do uso emergencial de vacinas contra a Covid-19 no Brasil, mas até o fechamento deste Panorama Semanal nenhum laboratório havia solicitado a autorização. O início da vacinação em alguns países do mundo, bem como o confuso planejamento da imunização no Brasil foram os destaques da semana.

h2 VACINAÇÃO NO BRASIL/h2

Em meio a uma disputa política envolvendo governo federal e governadores sobre o planejamento de vacinação nacional contra a Covid-19 , o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou que o início da imunização, previsto para março, pode começar agora em dezembro. Mas isso, de acordo com o ministro, depende da concessão da autorização emergencial ao laboratório Pfizer – que disponibilizaria, então, uma quantidade pequena de vacinas neste primeiro momento, bem abaixo das 70 milhões de doses que a União tem intenção de comprar.

Enquanto isso, o governador de São Paulo, João Doria, anunciou que deve ter, até o dia 15, a documentação de outra vacina, a CoronaVac, fabricada pelo Instituto Butantan, e iniciar a vacinação em 25 de janeiro. Pazuello, no entanto, não se comprometeu com a CoronaVac – a vacina chinesa é um dos pontos de discórdia com Doria – mas afirmou que a Anvisa deve registrar até o fim de fevereiro a vacina da AstraZeneca, desenvolvida pela Universidade de Oxford e produzida na Fiocruz. Nos EUA, a FDA disse que a AstraZeneca terá que refazer os testes.

Em paralelo, a quantidade de seringas disponíveis no Brasil se mostra um problema à parte, insuficiente para atender à população.

Apesar dos números críticos no pais, o presidente Jair Bolsonaro disse que estamos no “finalzinho da pandemia”.

h2 VACINAÇÃO NO EXTERIOR/h2

No mundo, o principal foco do noticiário é que a vacinação já está em curso – mas a boa notícia deve ser relativizada. Além de restrições a alérgicos (caso da Pfizer no Reino Unido), especialistas lembram que a doença avança a um ritmo maior que o da imunização. Casos de reinfecção e pacientes assintomáticos, mas potenciais transmissores, preocupam a comunidade médica, enquanto hospitais entram em colapso em diversas cidades do mundo e do Brasil, e o número de mortes aumenta. Dessa forma, líderes e pesquisadores reforçam a importância do uso de máscaras, distanciamento social e higiene das mãos – medidas que devem prevalecer ao longo dos próximos meses.

Abaixe o App
Junte-se aos milhões de investidores que usam o app do Investing.com para ficar por dentro do mercado financeiro mundial!
Baixar Agora

Nos EUA, um comitê de especialistas recomendou que a FDA autorize a vacina da Pfizer, o que deixa os americanos mais perto do início da vacinação, ainda este ano. No Reino Unido, uma idosa de 90 anos foi a primeira a receber o produto da Pfizer. O Canada foi outro país que já aprovou o medicamento deste laboratório.

Na Rússia, o Kremlin está oferecendo vacinas à população, que, no entanto, está resistente: 59% não querem ser imunizados. Nos Emirados Árabes Unidos, foi aprovada uma vacina chinesa, após testes comprovarem 86% de eficácia. Mas líderes chineses e a Sinopharm não se pronunciaram, enquanto especialistas alertam para falta de dados e outros pontos críticos.

h2 ECONOMIA GLOBAL/h2

No horizonte econômico global, o assunto também é o coronavírus, ou melhor, de quanto será o novo pacote de estímulos dos Estados Unidos para minimizar seus impactos na produção, consumo e emprego – e quando será aprovado. A novela continua lenta. Esta semana, a Casa Branca propôs o montante de US$ 916 bilhões, cortando benefícios aos desempregados.

Já o Banco Central Europeu ampliou em 500 bi de euros seu Programa de Compras Emergenciais, prorrogado até março de 2022. A região está com os juros em mínimos recordes, e não descarta novas quedas nas taxas.

O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, prepara o gabinete para conduzir uma saída sem acordo da União Europeia, o Brexit.

E a cotação do barril de petróleo (Brent) superou US$ 50, o que não ocorria desde março. A expectativa é que a demanda por petróleo aumente devido à distribuição das vacinas pelo mundo.

No circuito tech, repercutiu a ação da FTC, agência reguladora americana responsável por garantir o livre mercado, contra o Facebook, por práticas anticompetitivas. A FTC – que autorizou a aquisição de Instagram e WhatsApp – quer que o Facebook venda essas duas operações.

h2 ECONOMIA BRASILEIRA/h2

Por aqui, as atenções se voltaram para a manutenção da Taxa Selic em 2% ao ano pelo Copom, do BC, e as consequências da sinalização de uma mudança na política de juros estáveis por um período prolongado.

Na agenda legislativa, o governo desistiu do Renda Cidadã, e a PEC do Pacto Federativo, a ser votada no Congresso, vai focar no equilíbrio das contas públicas, com redução de subsídios.

h2 DESTAQUES EM BRASÍLIA/h2

O STF, por maioria, vetou a reeleição de Rodrigo Maia e Davi Alcolumbre, respectivamente presidentes da Câmara e do Senado. As articulações políticas não param. Na Câmara, a disputa é intensa. Arthur Lira, candidato de Bolsonaro, deve enfrentar algum nome indicado por Maia.

Em medida polêmica, o governo zerou o imposto de importação para revólver e pistola.

No pregão desta quinta-feira, um resumo dos ares otimistas. O Ibovespa subiu forte, retomando o patamar de fevereiro deste ano. O índice avançou 1,88%, para 115.128 pontos. Já o dólar recuou 2,6%, para R$ 5,037.

Obrigada, bom fim de semana e até o próximo Panorama Semanal.

*Dados atualizados até às 10h de 11/12.

/h5

Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.

Sair
Tem certeza de que deseja sair?
NãoSim
CancelarSim
Salvando Alterações