Vale uma Aposta em PMAM3?
Márcio Lemos | 29.08.2017 10:20
Quem é Paranapanema? Ou Paranapanema ON (SA:PMAM3).
A empresa Paranapanema é a maior produtora de cobre do Brasil; já foi nos anos 80, um "papel blue chip" Nos últimos anos, virou papel de baixo volume, um papel quase esquecido pelos principais bancos e corretoras. Perdeu espaço-mercado entre Gerdau (SA:GGBR4), CSN (SA:CSNA3) e Usiminas (SA:USIM5), fortes no setor de siderurgia, e a VALE3 (SA:VALE3), player mundial no setor de mineração.
Nos últimos meses, foi atingida fortemente pela crise do mercado interno e pela própria forte queda do cobre, como parte do estouro da bolha de commodities que assolou não somente o setor de mineração, como o setor siderúrgico.
Hoje, luta para diminuir sua vultosa dívida, que já equivale a aproximadamente 13 vezes o seu patrimônio líquido, segundo o site "fundamentus"; uma relação altíssima, a mais alta do setor siderúrgico. Ainda assim, não opera em níveis "tão baratos" se olharmos a relação "Preço x valor patrimonial"; tal relação está hoje em 3,6.
Depois de tudo isso, o que pode chamar a atenção? Talvez alguns drivers que começam a se mexer a seu favor: O primeiro, o anúncio oficial da disposição da Glencore (LON:GLEN), uma gigante mundial no setor de cobre-mineração, de investir R$ 66 milhões na operação da Paranapanema, anúncio esse publicado em 21 de julho último, tornando-a acionista em cerca de 5%. Tal disposição vem atender a extrema dificuldade da empresa em conseguir linhas de crédito, fortemente reduzidas nos últimos meses, que lhe possibilitem rodar a produção em níveis aceitáveis e, que, por conseguinte, gere escala suficiente para o retorno ao lucro.
Sim. O último trimestre reservou um prejuízo líquido à empresa de R$ 73 milhões. Talvez a chave numa aposta a volta aos fundamentos mais sólidos esteja numa forte elasticidade do lucro em relação aos níveis de produção. E isso nos traz a outro importante driver; uma melhora que começa a aparecer finalmente no horizonte do mercado interno. Produção resolvida em conjunto com uma melhora no mercado interno é tudo de que a Paranapanema precisa hoje para se livrar dos números horrorosos presentes em seu balanço.
Ainda do ponto de vista de fundamentos, resta-nos destacar também a importante e fortíssima recuperação nos preços do cobre, que pode ser vista no gráfico semanal abaixo.
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Cobre, Semanal, escala logarítmica
Por fim, vamos aos aspectos gráficos.
No primeiro gráfico, diário, vemos a MA50, em linha amarela, cruzada para cima sobre a MA200, em linha vermelha, já há cerca de 1 semana; portanto, um forte indicador na direção da COMPRA nos tempos longos.
Papel começa a andar acima, tanto da MME13 (linha verde), como da MME21 (linha azul). Papel fechou ontem, dia 28-8, em 1,62. Nesse gráfico diário, vemos uma LTB que vem desde novembro-2015 e que foi tocada mês passado novamente. Tocada, vazada no intraday, mas não rompida. Tocada e vazada no intraday novamente dias à frente, sem o rompimento.
Para baixo, temos um suporte importante na faixa de 1,53 a ser visto. Uma primeira resistência de 1,66-1,68. Depois, 1,77 A LTB passa hoje na faixa de 1,68. Ou seja, se no fechamento houver o rompimento, não só essa resistência de 1,77 deverá ser rompida, como a mais forte, na faixa de 1,82-1,83, também.
No segundo gráfico abaixo, semanal, podemos ver um aumento de volume nas últimas semanas, também um ótimo sinal na direção da COMPRA. Assim, condições não faltam para um bom "custo x benefício" na entrada do papel.
Uma entrada no papel com "pouco capital" na faixa de 1,58-1,60, já que o papel é de "baixo volume", me parece interessante.
Por quê? O quadro fundamentalista foi colocado primeiro.
Questões gráficas estão postas 2,27 é o alvo do "custo x benefício" aqui levantado; ou cerca de 40% de alta em relação a cotação de ontem. LTB e faixa de 1,82-1,83 rompidas, papel deve olhar para a segunda LTB vista no segundo gráfico abaixo, semanal; uma LTB longa e que vem lá de 2007, portanto, LTB de 10 anos.
Essa LTB hoje passa na faixa de 2,75. Acima de 1,82-1,83, temos uma parada em 1,92. depois, 2,27, topo de julho do ano passado. 2,27 é o alvo do "custo x benefício" aqui levantado; ou cerca de 40% de alta em relação a cotação de hoje.
Para quem não gosta de emoções fortes, o stop mais recomendado é a faixa de 1,53.
Suportes em 1,58; 1,53 e 1,48.
Resistências em 1,66; 1,68; 1,77;1,82; 1,92; 2,27; 2,42 e 2,76
PMAM3, Diário, escala logarítmica
PMAM3, Semanal, escala logarítmica, período 10 anos
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