Investing.com | 20.08.2021 10:48
Está ficando mais difícil para as maiores varejistas dos EUA impressionarem os investidores após o boom da pandemia, responsável por aumentar suas vendas e expandir suas margens de lucro. Seus resultados continuaram mostrando força, mas o futuro transparece maior incerteza, à medida que os consumidores voltam aos seus padrões normais de compra.
O Walmart (NYSE:WMT) (SA:WALM34), maior varejista de lojas físicas nos EUA, divulgou resultados trimestrais na terça-feira acima das expectativas dos analistas. As vendas comparáveis – realizadas em lojas e canais digitais em operação há pelo menos 12 meses – cresceram 5,2% no trimestre encerrado em 30 de julho, em comparação com o mesmo período do ano passado. As vendas no comércio eletrônico americano subiram 6% ano a ano, quando as restrições da Covid mantiveram muitas pessoas em casa. O crescimento, entretanto, desacelerou no início do, tanto online quanto offline.
A Home Depot (NYSE:HD) (SA:HOME34) apresentou números abaixo das expectativas nesta semana para o 2º tri, com suas vendas nas mesmas lojas subindo 4,5% no período encerrado em 1 de agosto, ou seja, 5,6% abaixo da média das estimativas dos analistas.
Outra grande varejista, a Target (NYSE:TGT) (SA:TGTB34), informou, no início desta semana, que o crescimento das suas vendas desacelerou no 2º tri. As vendas nas mesmas lojas cresceram 8,9%, menos da metade dos ganhos registrados há um ano. Ao mesmo tempo, as margens de lucro se estreitaram e a receita do comércio eletrônico subiu 10% depois de praticamente triplicar há um ano.
Esses sinais de desaceleração ocorrem no momento em que os consumidores americanos colocaram o pé no freio dos gastos em julho, por causa da inflação mais alta. As vendas no varejo dos EUA caíram 1,1% em junho, segundo o Departamento de Comércio na terça-feira, com os gastos caindo de forma geral em todas as categorias, inclusive roupas, móveis e automóveis. O número do governo, que considera restaurantes e bares, havia subido em junho, com mais americanos se vacinando e gastando com jantares e viagens.
h2 Walmart e Home Depot ainda são boas compras/h2Apesar de sinais de arrefecimento nas vendas, alguns analistas continuam otimistas com essas ações, recomendando que os investidores aproveitem as correções para comprar, já que os gastos relacionados à pandemia continuam impulsionando o faturamento.
Robert Ohmes, analista do Bank of America, elevou seu preço-alvo para o Walmart nesta semana de US$185 para US$190, estabelecendo uma nova máxima em Wall Street entre os principais analistas, de acordo com a FactSet. Os papéis do WMT fecharam o pregão de ontem a US$150,11, valorizando-se 0,7% no dia.
Em sua nota, ele afirmou:
“Acreditamos que os ganhos acionários do WMT podem acelerar com a normalização do ambiente e clientes voltando a fazer compras perto de casa, em estabelecimentos menores. ... A maior sensibilidade a preços com a reabertura pode direcionar o tráfico para nomes de valor, como o WMT”.
As ações da Home Depot caíram mais de 4% na terça-feira, após a megavarejista ficar aquém da previsão consensual dos analistas; entretanto, o Goldman Sachs recomenda compra, com seus analistas prevendo que a companhia continuará gerando crescimento, mesmo em comparação com os fortes resultados do ano passado.
O Goldman elevou seu preço-alvo da ação para US$390 de US$376. O novo alvo está 21% acima de onde a ação era negociada na quinta-feira e é o maior entre os principais analistas de Wall Street, de acordo com a FactSet.
Em nota, o Goldman disse o seguinte:
“A gerência da Home Depot acredita que, com o crescimento do valor dos imóveis residenciais, os consumidores tendem a investir mais em suas casas, impulsionando a demanda na categoria de reforma e decoração."
Conclusão
Começam a aparecer os primeiros sinais de que o boom de compras na pandemia de itens de supermercado e produtos de reforma e decoração está arrefecendo, e os clientes podem voltar a adotar hábitos de compra mais normalizados após mais de um ano estocando produtos essenciais durante os lockdowns.
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