Veja a Melhor Carteira Recomendada de Março

 | 03.04.2019 14:03

O mês que marcou a superação dos almejados 100 mil pontos do Ibovespa acabou no zero a zero, com a breve crise política entre Rodrigo Maia e Jair Bolsonaro ampliar um sentimento negativo internacional.

O índice superou os 100 mil no intraday de 19 e 20 de março, engatilhou uma perna de cinco pregões negativos em seis dias e devolveu 8%, indo abaixo dos 92 mil pontos no fechamento do dia 27. Com recuperação após Bolsonaro e Maia colocarem panos quente na relação, o Ibovespa encerrou março aos 95.414 pontos, leve queda mensal de 0,18%.

A dificuldades de tramitação da reforma da Previdência entrou no radar dos investidores, quando desentendimento entre Maia e Sergio Moro escalou para um conflito verbal marcado por palavras fortes e ironias entre o presidente da Câmara e a família Bolsonaro.

Enquanto as redes bolsonarianas apoiaram o presidente, a Câmara deu aval à Maia e mandou um recado ao Planalto com aprovação relâmpago de PEC que dificulta a gestão do Orçamento pelo Executivo.

Bombeiros entraram em cena, especialmente, o ministro da Economia, Paulo Guedes, que assumiu a negociação da Previdência.

Exterior sofre com incertezas

O tom ultradovish do Federal Reserve acendeu um sinal amarelo no mercado global. O Fed cortou de duas para zero a previsão de novas altas de juros em 2019 com receio de uma desaceleração forte no crescimento norte-americano.

O mercado assustado encaminhou uma inversão na curva de juros dos EUA, sinal que não ocorria desde 2007 e antecede recessões no país. Na prática, é mais barato para o governo dos EUA se financiar em um prazo de 10 anos do que em 3 meses. No início de abril, os juros futuros reverteram para a curva crescente.

No radar, seguem as negociações entre China e os EUA, enquanto o país asiático mostrou sinais de recuperação da sua economia.

Toro lidera indicações com aposta certeira

O ambiente volátil no mercado mexido entre as subidas e descidas tradicionais e a apresentação de balanços corporativos levou a maioria das 22 carteiras recomendadas por corretoras, bancos e casas de análises acompanhadas pelo Investing.com para o território negativo. Apenas 10 superaram o Ibovespa, sendo 9 devolvendo retornos positivos.