Liora Vanessa Dopacio | 16.09.2019 00:52
Encerramos a semana com dados apresentando atividade econômica sem muitas novidades de melhora. As medidas adotadas pelos principais bancos centrais tentando reanimar e reverter esse cenário só confirmam os dados. O Banco Central Europeu (BCE), por exemplo, que já operava com taxa de juros negativa decidiu cortar novamente sua taxa de juros ficando em -0,5%. Além disso, o BCE iniciou a recompra de ativos financeiros, como mais uma medida para reanimar a atividade econômica, com o propósito de injetar recursos no sistema. Lembrando que essa recompra de ativos foi o mesmo critério adotado durante a crise de 2008. Mesmo com os parâmetros adotados, os investidores não sabem ao certo o real impacto de tais atitudes na atividade econômica. A corda bamba em relação ao real impacto é devido as possíveis decisões a serem tomadas em relação a guerra comercial entre EUA e China. A soma dos fatores e acontecimentos externos com o cenário nacional é o que alimenta a expectativa dos investidores em relação ao possível corte da Selic na reunião do COPOM. Há possibilidade da Selic ser reduzida para 5,5% ao ano. Assim sendo, nosso mais importante índice acionário fechou a semana na casa dos 103501.18 pontos, tendo uma valorização de mais 0,5% na semana. E seu derivativo, o índice futuro, fechou a semana em 103840 pontos.
No cenário nacional, os holofotes do momento estão sobre a reforma tributária. Mesmo que não exista a possibilidade de volta da CPMF, o Ministro da Economia, Paulo Guedes, confirmou um novo tributo sobre pagamentos (nova CPMF?) com alíquota de 0,4%. Qual a diferença? Só o nome. Detalhe importante, a última taxa praticada pela CPMF foi de 0,38%... Além disso, a proposta de reforma inclui a desoneração da folha de pagamentos com a finalidade de que a geração de emprego aumento num curto prazo. Aguardemos as cenas dos próximos capítulos.
No mercado internacional, a expectativa é de haja um novo ciclo de corte de juros no EUA. Mas restam dúvidas entre um corte de 25 pontos base ou a manutenção da taxa de juros atual. Em relação a guerra comercial sino-americana, o Presidente dos EUA, Donald Trump disse considerar a possibilidade de um acordo provisório com a China, mesmo preferindo chegar a um denominador comum mais amplo. Já a China extinguirá tarifas adicionais de alguns produtos agrícolas americanos.
A seguir, temos o fechamento dos principais ativos e índices:
Índice Bovespa – 103501.18 pontos;
Índice Futuro de IBOVESPA - 103840 pontos
Banco Itaú (SA:ITUB4) PN - 35,87 reais
Vale do Rio Doce (F:VALE3) ON – 49,79 reais
Banco Bradesco (SA:BBDC4) PN – 33,46 reais
Petrobras PN (SA:PETR4) – 26,88 reais
Petrobras ON (SA:PETR3) – 29,66 reais
B3 SA ON - 43,00 reais
Ambev (SA:ABEV3) ON – 19,10 reais
Dólar Futuro – 4088.5 reais
Índice Dow Jones – 27219.52 pontos
Índice S&P 500 – 3007.39 pontos
O que esperar para próxima semana...
Iniciamos a semana com decisões sobre a política monetária sendo tomadas aqui no Brasil e também na Casa do Tio Sam. Na segunda-feira (16/09) teremos vencimento de opções sobre ações.
Na terça-feira (17/09) teremos a primeira sessão do COPOM para as apresentações técnicas de conjuntura. A quarta-feira (18/09) será um dia cheio de notícias e movimentações: teremos a segunda sessão para decisões das diretrizes de política monetária. Lembrando que a divulgação das decisões será feita na quarta-feira após as 18h e as Notas do Copom serão divulgadas na terça-feira seguinte ao término da reunião, às 8h. Na quarta-feira o Banco Central do EUA também anunciará suas decisões sobre as taxas de juros. Ainda na quarta-feira teremos vencimento de opções sobre Ibovespa. Toda cautela será bem-vinda!
Fique atento para esses eventos (três touros):
Tenham uma excelente semana.
Liora Vanessa
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