Visão do Estrategista: O Significado dos Resultados das Big Techs e Decisão do Fed

 | 02.08.2021 12:05

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Semana passada comentei que teríamos dias intensos em termos de resultados corporativos. As maiores empresas da bolsa americana – Apple (NASDAQ:AAPL) (SA:AAPL34), Microsoft (NASDAQ:MSFT) (SA:MSFT34), Alphabet (NASDAQ:GOOGL) (SA:GOGL34) (dona do Google), Amazon (NASDAQ:AMZN) (SA:AMZO34) e Facebook (NASDAQ:FB) (SA:FBOK34) – conhecidas como Big Techs divulgaram seus números.

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Tais empresas juntas respondem por aproximadamente 23% do índice americano e somam mais de US$ 9 trilhões de valor de mercado, logo, é normal que roubem a cena quando divulgam seus resultados. Em linhas gerais e de forma bem resumida, podemos dizer que o Google foi a big tech que apresentou o melhor resultado; a Amazon a maior decepção; Apple e Microsoft bateram as estimativas mas não trouxeram grandes perspectivas para frente; e o Facebook apesar de resultados melhores que o esperado apontou para um cenário mais complexo olhando os próximos meses.

Para o investidor, acho importante ressaltar que todas essas empresas que citei bateram as estimativas de mercado e reportaram resultados robustos com crescimento de receitas, lucros e tudo mais. Quando digo que Amazon decepcionou me refiro as expectativas de mercado. No curto prazo essas “decepções” em um ou outro resultado acabam pesando sobre a ação, mas ressalto que para o longo prazo o que importa de fato é a consistência de seus resultados, os quais, a meu ver, seguiu sendo a tônica nesse semestre.

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De forma agregada, até agora o que temos é: 91% das 275 empresas do S&P 500 que divulgaram resultados até agora bateram as estimativas do mercado apresentando um crescimento de lucros de 86%; e 88% delas bateram as estimativas de receitas, com um crescimento médio de 24% de receitas. Outra forma de ver essa robustez dos resultados é através da evolução da margem de lucro das empresas. De acordo com a Factset, a margem de lucro líquido agregada das empresas do S&P 500 que divulgaram seus resultados foi de 12,4%, número maior que a média dos últimos 5 anos de cerca de 10%. Confirmando-se essa margem de lucro, essa será a segunda maior margem de lucro líquido relatada pelo índice desde que a FactSet começou a monitorar essa métrica em 2008, atrás apenas do trimestre anterior.