Brasileiro é entusiasta de criptomoedas, mas cauteloso na hora de investir
Novidades | 09.08.2022 15:42
O recuo de mais de 60% do bitcoin desde o pico de US$ 68.925 em 10 de novembro de 2021 não desanimou os investidores brasileiros em relação à maior criptomoeda em valor de mercado. É o que revela pesquisa do Investing.com Brasil, que ouviu 212 pessoas no mês de julho. Destes, 85,6% declaram ter moedas digitais investidas na carteira.
Mais de 76% dos respondentes disseram pretender iniciar ou aumentar o aporte em criptomoedas nos próximos meses, mesmo que os preços fiquem longe da máxima histórica. Para 44,1% dos entrevistados, o preço do bitcoin, que é o benchmark para outras criptomoedas por ter aproximadamente 43% do mercado, deve ficar entre US$ 20 mil e US$ 40 mil no fim do ano.
No lado dos menos otimistas, 23,8% dos investidores estimam que a cotação do bitcoin fique entre US$ 10 mil e US$ 20 mil na virada para 2023. Mesmo assim, a maioria dos brasileiros vê o bitcoin e as outras criptomoedas como investimento tático, ou seja, sem compor a maior parte da carteira. Desde junho, o bitcoin é negociado entre US$ 17 mil e US$ 23 mil.
Apetite por criptoativos
Do total dos pesquisados, 41,5% disseram que vão investir entre R$ 1 mil e R$ 10 mil nos próximos meses. Destes, 31,9% acham que ter até 5% de criptomoedas no portfólio é o ideal, enquanto 21,1% indicam uma participação de entre 5-10%.Outros 21,6% dos investidores, mais arrojados, acreditam que as criptomoedas devem compor de 20% a 50% da carteira, com 25,6% destes afirmando que planejam investir mais de R$ 10 mil nesse tipo de ativo.A ampla maioria planeja investir em bitcoin (80,7%) e ethereum (69,3%), as duas principais critpomoedas do mercado. Entre as altcoins, como são conhecidas as moedas digitais com menor valor de mercado, estão nos planos de investidores brasileiros a Solana (22,4%), Cardano (19,8%) e Polkadot (14,6%).Sobre os riscos associados ao segmento, 46,2% apontam eventuais restrições regulatórias, enquanto 31,5% citam os ataques cibernéticos. Alta volatilidade (26,4%) e concorrência com as moedas de Bancos Centrais (26,9%) são os outros riscos mencionados.Perfil do investidor brasileiro em criptos
A pesquisa do Investing.com Brasil revela que o investidor brasileiro de criptomoedas é, em geral do sexo masculino (86,7%). A maioria tem entre 35 e 44 anos (28,6%), seguidos por aqueles que têm 45 e 54 anos (21,4%) e 25 e 34 anos (18,6%).
Dos pesquisados, 41,6% consultam os preços uma vez ao dia, enquanto 34,9% os veem várias vezes. Três quartos dos investidores não se consideram especialistas no mercado, mas 46,1% dizem entender o conceito de blockchain e 34% afirmam saber um pouco sobre o assunto. Em relação à confiança, 47,3% declaram confiar plenamente no bitcoin e em outras criptomoedas. No total, 42,8% acreditam mais no potencial do blockchain como investimento do que nas criptomoedas em si.
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