Ameaça a baleias dificulta pesquisa dos EUA sobre algas marinhas para biocombustíveis

Reuters

Publicado 06.06.2023 15:19

Atualizado 06.06.2023 15:35

Por Gloria Dickie

CAPE COD BAY, Massachusetts (Reuters) - Em Cape Cod Bay, a baleia Pilgrim, de 10 anos, e seu filhote deslizam pela superfície vítrea da água ao lado do navio de pesquisa Shearwater para se alimentar de pequenos crustáceos.

As duas estão entre as últimas cerca de 340 baleias francas sobreviventes do Atlântico Norte que migraram ao longo da costa leste dos EUA --abaixo das 480 verificadas  em 2010.

As maiores ameaças enfrentadas por elas incluem ser atingidas por navios ou ficarem presas em cordas usadas para pescar lagostas na costa leste dos EUA --cientistas registraram 98 ferimentos do tipo ou mortes de baleias desde 2017.

Agora, as baleias enfrentam outra ameaça, conforme o Departamento de Energia (DOE, em inglês) dos EUA tenta aumentar a produção de energia limpa intensificando a pesquisa de algas marinhas como potenciais fontes de biocombustível, dizem cientistas.

O DOE canalizou dezenas de milhões de dólares para a pesquisa. Se comprovadamente viável, a alga marinha oferece uma alternativa mais ecológica ao etanol à base de milho, dizem seus defensores.