Banco Mundial espera que preços de commodities sigam firmes com crescimento econômico

Reuters

Publicado 20.04.2021 17:33

CINGAPURA (Reuters) - Os preços globais de commodities deverão seguir firmes em 2021, ao redor dos níveis atuais, após uma recuperação no primeiro trimestre guiada pelo forte crescimento econômico, disse o Banco Mundial nesta terça-feira.

A média das cotações de energia tende a ficar mais de um terço acima da registrada em 2020, com o petróleo sendo negociado em torno de 56 dólares por barril, segundo a instituição. Em 2022, os preços devem subir para 60 dólares/barril, "amplamente em linha com a média de 2017-19."

Os metais devem avançar 30%, enquanto os mercados agrícolas deverão subir quase 14%.

Mesmo assim, o Banco Mundial disse que o cenário é amplamente dependente do progresso na contenção da pandemia de Covid-19 , bem como de políticas de suporte em economias avançadas.

"O crescimento global tem sido mais forte do que o esperado até agora e as campanhas de vacinação estão em andamento, tendências que têm impulsionado os preços das commodities. No entanto, a durabilidade da recuperação é bastante incerta", disse Ayhan Kose, vice-presidente em exercício do Grupo Banco Mundial para crescimento equitativo, finanças e instituições, além de diretor do grupo de perspectivas.

"Os mercados emergentes e as economias em desenvolvimento, tanto exportadores quanto importadores de commodities, devem fortalecer sua resiliência no curto prazo e se preparar para a possibilidade de que o crescimento perca impulso", acrescentou.

Uma retirada de estímulos de forma mais rápida do que o esperado por parte de algumas das principais economias emergentes pode representar um risco negativo para os preços dos metais, mas os gastos mais elevados em infraestrutura pelos EUA tendem a apoiar algumas dessas commodities, incluindo alumínio, cobre e minério de ferro.