Brilho do ouro se apaga com quarta semana de perdas, recuando abaixo dos US$ 1.800

Investing.com

Publicado 13.05.2022 13:26

Atualizado 13.05.2022 14:37

Por Barani Krishnan, do Investing.com Estados Unidos

Investing.com -- Nem tudo que reluz é ouro, já dizia o ditado.

E no entanto, o próprio metal mal brilha hoje em dia.

No pregão de sexta-feira, o ouro despencou rapidamente abaixo do nível chave de US$ 1.800 no Comex de Nova York, acelerando o selloff iniciado em meados de abril.

Embora ele tenha recuperado esse patamar depois de encontrar suporte apoio no terreno dos US$ 1.700, isso não foi o suficiente para desfazer os danos causados no início da semana, que o puseram rumo à quarta semana consecutiva de perdas, dilapidando cerca de US$ 165, ou 8%, do seu valor desde a semana encerrada em 8 de abril.

A queda do ouro na sexta-feira, assim como nos últimos dias, ocorreu na esteira da valorização do dólar, que alcançou novas máximas em 20 anos. O índice do dólar, que compara a divisa dos EUA contra seis outras grandes moedas mundiais, efetivamente recuou para a mínima no pregão de 104,5 após atingir o pico de 105,05 mais cedo no dia.

Embora isso tenha ajudado o ouro a retraçar parte de suas perdas, a mudança mal impactou o direcionamento do dólar, que os analistas esperavam alcançar novas máximas em duas décadas nos próximos dias em função da especulação quanto ao nível de agressividade que o Federal Reserve pode apresentar na sua próxima elevação das taxas de juros dos EUA.

"Só um súbito selloff de dólares conseguiria alterar a visão técnica pessimista [sobre o ouro]", disse Jeffrey Halley, que supervisiona a pesquisa dos mercados da Ásia-Pacífico para a plataforma de negociação online OANDA.

Os futuros de um mês do ouro para junho na Comex estavam a US$ 1.809,54 por onça às 14h36, queda de US$ 15,40, ou 0,84%, no dia. A mínima do pregão foi de US$ 1.797,45 - um fundo não visto desde 30 de janeiro. Nesta semana, o ouro para junho seguia rumo a uma queda de quase 4%.

Apesar da recuperação de sexta-feira em relação às mínimas, o ouro pode revisitar a casa dos US$ 1.700 se não conseguir eliminar uma série de resistências entre US$ 1.832 e US$ 1.836, US$ 1.844 e US$ 1.856, alertou Sunil Kumar Dixit, estrategista técnico chefe do site skcharting.com.

"Como a tendência atual se tornou bearish, os vendedores muito provavelmente virão testar estas zonas de resistência", disse Dixit, que utiliza o preço spot do ouro para a sua análise.

"Um fechamento decisivo acima do limite máximo do intervalo pode estender a recuperação para US$ 1.880, caso contrário as pressões de baixa irão empurrar o ouro para US$ 1800 - US$ 1780, estendendo o recuo para US$ 1.760 na semana à frente", acrescentou Dixit.

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