Café arábica fica quase estável na ICE após máxima de 4 anos e meio

Reuters

Publicado 02.06.2021 19:18

Atualizado 02.06.2021 20:01

Por Marcelo Teixeira e Maytaal Angel

NOVA YORK/LONDRES (Reuters) - O café arábica permaneceu quase estável nesta quarta-feira, com uma pausa dos investidores para respirar após os preços atingirem a máxima de quatro anos e meio na sessão anterior, diante de preocupações de seca no maior produtor do grão, o Brasil.

h2 CAFÉ/h2

* O café arábica para julho fechou praticamente sem variação a 1,6115 dólar por libra-peso, depois de atingir a máxima de 4 anos e meio de 1,6675 dólar na terça-feira.

* "(Existe) grande reserva no Brasil e no Vietnã e volumoso estoque certificado (na ICE). Entretanto, fundos estão pegando o mercado pela tempestade e, no momento do pânico, o (equilíbrio da) oferta/demanda possui apenas um impacto marginal nos preços", alertou o Rabobank em relatório mensal.

* Investidores estão nervosos e inclinados a aceitar rumores de que a pior seca em 91 anos no Brasil está prejudicando a próxima safra de 2022/23, com clima seco já causando danos na colheita atual.

* O café robusta para julho fechou em alta de 10 dólares, ou 0,6%, em 1,601 dólar a tonelada, após atingir a máxima de 2 anos e meio de 1,619 dólar na terça-feira.

* A província de Lampung na Indonésia exportou 5,57 mil toneladas de café robusta em grão da Sumatran em maio, em queda de quase 41% no ano a ano.

h2 AÇÚCAR/h2

* O açúcar bruto para julho fechou com uma pequena variação, em 17,68 centavos de dólar por libra-peso.

* Operadores afirmaram que o açúcar deve permanecer firme entre sentimento positivo no mercado financeiro mais amplo, e preocupações com a seca no Brasil, maior produtor do adoçante.

* Eles veem o açúcar testando as altas de terça-feira, já que os consumidores finais ainda têm muito que comprar, mas alertaram que 18 centavos pode ser uma máxima, já que esse é aproximadamente o nível em que algumas vendas de açúcar indiano foram concluídas no mês passado sem subsídios governamentais à exportação.