China atinge 26% da meta de importações de produtos de energia dos EUA em 2020

Reuters

Publicado 26.11.2020 16:45

Atualizado 26.11.2020 16:55

PEQUIM (Reuters) - A China acelerou as importações de petróleo, propano e gás natural liquefeito (GNL) dos Estados Unidos desde julho, mas até outubro as compras totais de produtos de energia seguiam abaixo das metas previstas para 2020 na fase 1 do acordo comercial assinado com o governo norte-americano.

Nos primeiros dez meses de 2020, as aquisições de petróleo, GNL, propano, butano e outros produtos de energia dos EUA pela China totalizaram 6,61 bilhões de dólares, cerca de 26% da meta de 25,3 bilhões de dólares, segundo cálculos da Reuters com base em dados alfandegários chineses.

Embora seja improvável o preenchimento dessa lacuna até o final do ano, autoridades comerciais norte-americanas e chinesas reafirmaram seu compromisso com o acordo em agosto, e as importações de produtos de energia dos EUA pela China aumentaram significativamente no segundo semestre.

Os 6,61 bilhões de dólares acumulados até outubro representam um salto de cinco vezes frente à marca de 1,29 bilhão de dólares apurados ao final de junho.

As importações de propano, um componente-chave do gás liquefeito de petróleo (GLP) usado como combustível para carros, gás de cozinha e na produção de petroquímicos, registraram o crescimento mais acentuado desde julho.

A demanda robusta do revitalizado setor manufatureiro chinês por químicos, ao lado das novas unidades de processamento nas refinarias independentes Zhejiang Petroleum & Chemical e Zhejiang Huahong, deu impulso às importações.

A demanda por GNL também deve se firmar ao longo do inverno (do Hemisfério Norte), à medida que Pequim segue substituindo o carvão por gás, e o país liberaliza sua rede de gasodutos.