Confinamento bovino deve ter alta em 2022 apesar de custo maior com milho, diz DSM

Reuters

Publicado 28.03.2022 16:26

Atualizado 28.03.2022 18:56

Por Nayara Figueiredo

SÃO PAULO (Reuters) - O confinamento de bovinos tende a registrar um novo crescimento neste ano, apesar do aumento de despesas com milho e farelo de soja, dois principais insumos da alimentação na pecuária, estimou nesta segunda-feira a companhia de nutrição animal DSM.

O cereal entrou em uma escalada de altas decorrente da invasão russa sobre a Ucrânia, quarta maior exportadora global. Já o farelo vem na esteira da quebra de safra de soja no Brasil, após seca na região Sul que também atingiu países vizinhos e elevou as cotações internacionais.

Em contrapartida, o gerente técnico nacional de Confinamento da DSM, Hugo Cunha, disse à Reuters que as despesas com o boi magro, utilizado na reposição, recuaram em diversas praças pecuárias e ficaram estáveis na média nacional. Além disso, o preços da arroba bovina aumentou em níveis maiores do que os custos.

"O milho, soja, e todos os insumos subiram, porém estas despesas com alimentação, frete e sanidade representam cerca de 28% do custo total do confinamento. O boi magro para reposição responde pelos outros 72% e ficou 'flat', enquanto a arroba subiu 15%", disse ele.

"Então, quem fecha hoje o confinamento, em relação ao ano passado, tem um resultado mais lucrativo", afirmou.