Diesel tem leve recuo nos postos do Brasil após 8 semanas de alta, diz ValeCard

Reuters

Publicado 06.10.2023 12:52

RIO DE JANEIRO (Reuters) - O preço médio do diesel vendido nos postos brasileiros recuou 0,22% entre 29 de setembro e 5 de outubro, ante a semana anterior (22 a 28 de setembro), em seu primeiro recuo após oito semanas de alta, apontou nesta sexta-feira levantamento da ValeCard, empresa especializada em soluções de mobilidade.

No período, o combustível fóssil registrou valor médio de 6,388 reais por litro, uma queda de 0,014 real por litro ante a semana passada, mostrou o levantamento, com base em transações realizadas em mais de 25 mil estabelecimentos credenciados em todos os Estados do Brasil.

"Após oito semanas seguidas de reajustes positivos nos postos de combustíveis, os preços do diesel tiveram sua primeira queda, sinal de que o repasse ao consumidor do aumento promovido pela Petrobras (BVMF:PETR4) nas refinarias, em 16 de agosto, pode ter chegado ao fim", disse em nota o head de Inovação e Portfólio da ValeCard, Brendon Rodrigues.

"Ao mesmo tempo, as pressões externas arrefeceram, já que a cotação do barril do petróleo Brent no mercado internacional diminuiu na última semana e a Rússia anunciou a retomada da normalidade das exportações do diesel."

A Rússia, que se tornou a principal fornecedora externa do Brasil de diesel neste ano, havia anunciado no fim de setembro que iria suspender as exportações do combustível em meio a uma escassez interna. Mas nesta sexta-feira, informou que removeu a maior parte das restrições.

"Sendo assim, podemos ter um mês de outubro menos volátil nesse combustível", disse Rodrigues.

No acumulado de setembro, o diesel subiu 10,75%, se comparado a agosto, segundo a ValeCard.

ETANOL E GASOLINA

Já o preço médio do etanol hidratado nos postos brasileiros, segundo a ValeCard, recuou 0,37% entre 29 de setembro a 5 de outubro, em comparação com a semana anterior, a 3,763 reais por litro.

"Os preços do combustível renovável vêm oscilando devido, principalmente, a dois fatores: por um lado, temos um excesso de produção nas usinas e, de outro, uma maior procura pelos consumidores finais por causa da vantagem financeira que o combustível renovável tem apresentado, em relação à gasolina, em alguns Estados", disse Rodrigues.

"No final das contas, nas últimas semanas temos tido pequenas variações, positivas ou negativas."