Futuros do cacau atingem patamares recordes; café e açúcar também sobem

Reuters

Publicado 22.03.2024 08:03

NOVA YORK (Reuters) - Os futuros do cacau atingiram patamares recordes nesta quinta-feira, com o mercado mantendo seu rali impulsionado por uma escassez de oferta, enquanto os preços do café e do açúcar também avançaram.

CACAU

* O julho do cacau em Nova York fechou em alta de 250 dólares, ou 3,2%, a 8.011 dólares por tonelada, após estabelecer um recorde de 8.067 dólares.

* Os operadores disseram que há uma escassez de oferta devido às fracas colheitas na Costa do Marfim e Gana, os dois maiores produtores mundiais, e que os processadores estavam com dificuldades para obter sementes de cacau.

* O julho do cacau de Londres subiu 3,5%, para 6.512 libras por tonelada, após tocar um recorde de 6.534 libras.

CAFÉ

* O maio do café robusta fechou em alta de 70 dólares, ou 2,1%, a 3.385 dólares a tonelada, impulsionado pela oferta restrita no maior produtor de robusta, o Vietnã.

* Os preços domésticos no Vietnã estão a caminho de atingir um marco histórico de 100.000 dongs vietnamitas por quilograma, uma vez que a oferta permanece escassa e a demanda continua saudável, disseram traders nesta quinta-feira.

* "A situação permanece a mesma... as ofertas ficam quase vazias quando a demanda é forte", disse um trader baseado no cinturão cafeeiro do Vietnã.

* O maio do café arábica fechou quase estável, em 1,824 dólar por libra.

* A expectativa é que o Brasil registre seu terceiro aumento anual na produção de café este ano, uma sequência rara vista apenas sete vezes em 144 anos de produção de café.

AÇÚCAR

* O maio do açúcar bruto fechou em alta de 0,29 centavo, ou 1,3%, a 22,06 centavos de dólar por libra-peso.

* Os operadores disseram que o mercado tem se recuperado fortemente após a queda para uma mínima de 21,13 centavos na quarta-feira, seu nível mais baixo em mais de uma semana.

* Eles observaram que as chuvas no Brasil têm contribuído para o recuo dos preços esta semana, melhorando as perspectivas sobre a safra de cana, que até agora sofreu com chuvas abaixo da média.