OPEP+ vai cortar 1 milhão de barris para levar preço de petróleo de volta a US$ 100

Investing.com

Publicado 04.10.2022 09:26

Atualizado 04.10.2022 09:38

Por Alessandro Albano

Investing.com -Após o corte de 100 mil barris decidido na última reunião, a OPEP+ prepara-se para reduzir a sua produção em mais de 1 milhão de barris de petróleo bruto por dia na reunião marcada para quarta-feira. Uma redução semelhante realizada imediatamente em seguida após o surto de Covid, quando os preços de referência atingiram mínimos históricos.

O objetivo do cartel é trazer os contratos dos petróleos Brent e WTI para uma faixa de US$ 90-100 o barril, após os preços terem caído abaixo de US$ 80 dos picos de maio e junho nas últimas semanas.

Segundo reportagens do Financial Times, a Arábia Saudita seria a mais favorável a um corte na produção, pois permitiria "manter sua capacidade de reserva por mais tempo".

A razão, de acordo com as fontes citadas pelo FT, deve ser encontrada no caso de a produção russa sofrer um declínio em 2023 e Riade intervir para substituir a lacuna de oferta no mercado.

Além disso, com os índices de produção em queda e a inflação em constante aumento, o cartel quer se proteger da possível queda da demanda em países importadores como a China, embora, nas últimas perspectivas, técnicos da OPEP+ tenham reiterado seu otimismo sobre o assunto, pois, segundo a análise, a demanda apresentará um crescimento robusto tanto em 2022 (3,1 milhões de barris por dia) quanto em 2023 (2,7 milhões).

Soma-se a isso a superprodução em agosto, mesmo mês da queda do preço do petróleo bruto, em que se registrou um volume total de 29,65 milhões de barris por dia dos 618 mil barris por dia do mês de julho anterior, um aumento devido "à recuperação da oferta da Líbia após as recentes interrupções".

"Os preços do petróleo continuam a subir antes da reunião da OPEP + de quarta-feira, que deverá reduzir a produção em mais de um milhão de barris por dia, para o qual parece haver amplo apoio", disse Craig Erlam, analista sênior de mercado de Oanda.

O corte parece certo, uma vez que o cartel decidiu cancelar a reunião da Comissão Técnica Mista marcada para hoje, na qual as medidas a serem tomadas normalmente são decididas após análise das consequências sobre a oferta e a demanda do mercado.

"Mas com as perspectivas econômicas que estão ficando mais sombrias a cada dia - pergunta Erlam - a aliança irá longe o suficiente para alcançar os 90-100 dólares de petróleo que eles claramente desejam?"

Segundo o analista, "qualquer corte será acompanhado de uma linguagem forte sobre a perspectiva de novas ações que possam compensar eventuais deficiências, caso seja adotada uma postura mais conservadora".

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