Petrobras seguirá preços internacionais e não paridade de importação, reitera Prates

Reuters

Publicado 04.01.2023 16:05

BRASÍLIA (Reuters) - A Petrobras (BVMF:PETR4) não irá desvincular seus preços de combustíveis dos valores internacionais, mas deixará de seguir o preço de paridade de importação (PPI) para calcular as cotações de venda de seus produtos refinados, reafirmou nesta quarta-feira o senador Jean Paul Prates (PT-RN), indicado pela União para presidir a companhia.

"Não vai desvincular com preço internacional, vai desvincular da paridade de importação... Sem forçar, sem impor tabelamento, sem absolutamente nenhuma intervenção direta no mercado. Apenas usando a vantagem competitiva de quem está aqui versus quem está lá fora", disse Prates a jornalistas em Brasília.

Após as declarações, as ações da companhia firmavam-se em alta, com as preferenciais subindo mais de 3%.

As declarações estão em linha com o que o senador vem dizendo sobre o tema, mas serviam como argumento para a melhora dos papeis após quedas seguidas e sensibilidade de agentes financeiros ao tema.

O senador reiterou ainda que o fato de dizer que vai acabar com o PPI "não quer dizer absolutamente que você vai se desvincular das oscilações internacionais".

"Apenas que você vai usar mais o fato de você produzir domesticamente em favor da economia brasileira."

Ele entende que, como o Brasil produz a maior parte dos combustíveis localmente, não faz sentido se guiar pela paridade de importação.

"Como vai fazer isso, nós vamos discutir com todas as partes interessadas e misturadas nesse processo, inclusive o Ministério da Fazenda", reafirmou ele.