Petróleo avança e retorna acima de US$ 100 com relaxamento de lockdown na China

Investing.com

Publicado 12.04.2022 10:26

Atualizado 12.04.2022 13:06

Por Peter Nurse

Investing.com -- Os preços do petróleo se recuperaram com força na terça-feira, após o relaxamento das restrições na China de contenção da Covid ter aliviado as preocupações com a demanda, enquanto a OPEP alertou sobre a dificuldade em substituir o petróleo russo.

Às 13h02, os contratos futuros do petróleo WTI, negociado em Nova York e referência de preços para os EUA, eram negociados com alta de 7,18% a US$ 101,03 por barril, enquanto o contrato do Brent, cotado em Londres e referência mundial de preço, subia 6,84%, para US$ 105,25 por barril. As duas referências de preço caíram cerca de 4% na segunda-feira, após terem registrado, na semana passada, a segunda semana consecutiva de perdas.

Os futuros da gasolina RBOB dos EUA apresentavam avanço de 5,22%, a US$ 3,16 por galão.

A abordagem da China de tolerância zero contra a Covid-19 despertou receios quanto ao impacto sobre a demanda vindo do maior importador mundial de petróleo bruto, já que Xangai, seu centro financeiro, enfrentava o pior surto do país desde o surgimento do coronavírus no final de 2019, impondo um lockdown a toda a sua população de 25 milhões de habitantes.

No início da terça-feira, a OPEP reduziu as suas previsões para o crescimento da demanda mundial por petróleo em 2022 em seu relatório mensal, afirmando que a procura mundial aumentaria em 3,67 milhões de barris por dia no ano, menos que os 4,15 milhões de barris da sua previsão anterior.

No entanto, as notícias de que a importante região chinesa começou a relaxar as restrições sobre o deslocamento para alguns residentes estimularam o mercado.

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo alertou que as perdas de fontes russas devido a sanções poderiam ser de sete milhões de barris por dia, acrescentando que o volume será "impossível" de substituir.

Esta situação surge na sequência de uma reunião entre oficiais da OPEP e da União Europeia (UE), sendo que o bloco europeu está discutindo atualmente a possibilidade de um embargo ao petróleo da Rússia após sua invasão da Ucrânia e as subsequentes alegações de atrocidades cometidas pelas tropas russas contra civis ucranianos.

"Uma escalada poderia levar a UE a banir o petróleo russo, o que tem o potencial de restringir consideravelmente o mercado", afirmaram os analistas do ING, em relatório. "Existem relatos não confirmados sobre o uso de armas químicas em Mariupol. Se isso for confirmado, só pressionaria ainda mais a UE para que mirasse nas importações de petróleo da Rússia".

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Mesmo após o anúncio dos mais recentes dados de preços ao consumidor dos EUA, que subiram 1,2% em março, o maior avanço mensal desde setembro de 2005, não impediram a escalada de preços da commodity.

Os novos dados de inflação nos EUA praticamente cimentou um aumento de 50 pontos base nas taxas juros por parte do Federal Reserve no mês que vem, dando sustentação ao dólar.

As duas referências de preços do petróleo registraram sua segunda semana de queda na semana passada, pressionadas pela notícia de que os países membros da Agência Internacional de Energia concordaram em liberar 60 milhões de barris de petróleo de suas reservas de emergência, expandindo a liberação de 180 milhões de barris anunciada pelos EUA em março.

A OPEP atualizará suas previsões para a oferta e a demanda globais em seu relatório mensal e os EUA irão divulgar sua Perspectiva de Energia para o Curto Prazo, enquanto o American Petroleum Institute irá anunciar sua estimativa semanal para os inventários de petróleo bruto dos EUA.

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