Petróleo derrete 5% com temores sobre calote da dívida dos EUA e desaceleração da economia

Investing.com  |  Autor Barani Krishnan

Publicado 02.05.2023 13:30

Atualizado 02.05.2023 14:44

Investing.com - A Opep+ pode não gostar do que está vendo, mas como diz o ditado: "É o que é".

Um mês após a criativa manobra de corte da produção da aliança de produtores de petróleo, que fez o barril subir cerca de US$ 10, os preços do petróleo mudaram de direção novamente e estavam se aprofundando em território negativo, já que os temores de um possível calote da dívida dos EUA se somaram aos fracos dados do PMI industrial da maior economia do mundo.

Tanto o petróleo WTI, cotado nos EUA, quanto o Brent, referência mundial do petróleo, caíram quase 5% nas negociações da terça-feira em Nova York, acompanhando a queda dos principais índices de Wall Street, depois que a Secretária do Tesouro, Janet Yellen, disse que o governo dos EUA poderia ficar sem dinheiro dentro de um mês.

O West Texas Intermediate, ou WTI, negociado em Nova York, para entrega em junho, caía US$3,80, ou 5,02%, para US$ 771,86 por barril às 14h35.

O Brent negociado em Londres para entrega em julho caía US$ 3,69, ou 4,65%, para US$ 75,63.

"A Opep+ certamente odiará o fato de os preços do petróleo terem mudado novamente em apenas um mês, mas a realidade é essa", disse John Kilduff, sócio do fundo de hedge de energia Again Capital, de Nova York. "A economia é sempre uma preocupação maior, especialmente se houver um possível calote da dívida."

Desde o início desta semana, o WTI perdeu 6%, somando-se à queda de 1,2% da semana passada e a outra queda de 6% da semana anterior. O Brent estava sofrendo uma queda de 5% na semana, depois do declínio de 2,6% da semana passada e da queda de 5% da semana anterior.

Em termos de preços absolutos, o WTI passou de um pico de US$ 83,53, dias após o anúncio de corte de produção da Opep+, para a mínima da sessão de segunda-feira, de US$ 71,97. O Brent passou de uma máxima de US$ 86,90 para o suporte da última da sessão, de US$ 75,64.

A Opep+, que agrupa os 13 membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo, liderada pela Arábia Saudita, com 10 produtores de petróleo independentes, liderados pela Rússia, disse que cortará mais 1,7 milhão de barris de sua produção diária, somando-se a uma promessa anterior, feita em novembro, de retirar 2 milhões de barris por dia.

No entanto, a Opep+ tem um histórico de prometer demais e cumprir de menos nos cortes de produção. Embora o grupo tenha superado o cumprimento dos cortes prometidos após a eclosão da pandemia em 2020, os especialistas dizem que isso foi mais resultado da demanda prejudicada que levou a uma produção mínima do que da vontade de cortar barris conforme prometido.

O custo do seguro contra um calote dos EUA atingiu novos patamares depois que Yellen disse na segunda-feira que o governo Biden poderia não cumprir todas as obrigações de pagamento até o "início de junho", levando o presidente a convocar quatro importantes líderes do Congresso para a Casa Branca na próxima semana.

Além das preocupações sobre um calote da dívida, as últimas leituras sobre pedidos de fábrica dos EUA e bens duráveis ficaram abaixo do esperado.

Enquanto isso, as vagas de emprego abertas em março caiu com o aumento das demissões e dispensas, informou o Departamento do Trabalho.

Um alívio não apenas para o mercado de petróleo, mas para os investidores de risco em geral, pode vir de sinais de que o Federal Reserve fará uma pausa nos aumentos de juros após anunciar uma nova alta 0,25 ponto percentual na quarta-feira, o que deixará as taxas de juros dos EUA em um pico de 5,25%, contra uma tendência de inflação de 4,0 a 5,0%.

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