Petróleo fecha em queda com foco em oferta e incerteza sobre acordo da Opep+

Estadão Conteúdo

Publicado 15.07.2021 13:13

Atualizado 15.07.2021 16:40

Petróleo fecha em queda com foco em oferta e incerteza sobre acordo da Opep+

O petróleo estendeu as perdas registradas ontem e fechou novamente em baixa nesta quinta-feira, 15, ainda pressionado pela incerteza em torno do acordo de produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+). Além disso, o cartel elevou sua previsão para a alta da oferta em países que não fazem parte do grupo. A valorização global do dólar também puxou para baixo o preço do óleo.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o WTI para agosto fechou em baixa de 2,02% (-US$ 1,68), cotado a US$ 71,65 o barril. O Brent para setembro, por sua vez, recuou 1,73% (-US$ 1,29), a US$ 73,47 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).

Desde ontem, o preço do petróleo é pressionado para baixo por relatos de que a Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos teriam chegado a um acordo para prosseguir com o aumento gradual da produção da Opep+. O entendimento, contudo, ainda não foi confirmado.

"A perspectiva de ver oferta extra sendo liberada para o mercado com os membros da Opep+ se unindo em torno de um acordo fez com que os preços do petróleo Brent recuassem", afirma o analista-chefe de mercados da CMC Markets, Michael Hewson.

Em relatório mensal divulgado hoje, a Opep manteve a previsão de alta da demanda de petróleo em 6 milhões de barris por dia (bpd) em 2021. No entanto, o cartel elevou de 800 mil bpd para 810 mil bpd a estimativa de aumento na oferta dos países fora do grupo neste ano.

"A produção de petróleo da Opep aumentou drasticamente em junho, principalmente porque a Arábia Saudita continuou a desfazer seu corte voluntário de oferta", afirma o analista Samuel Burman, da Capital Economics. "A produção deve aumentar ainda mais em julho devido a cotas maiores, e esperamos que os preços altos incentivem mais produção do grupo, mesmo sem um acordo formal para fazê-lo", acrescenta o profissional da consultoria britânica.

Durante a sessão, os investidores também acompanharam um depoimento do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Jerome Powell, no Senado dos EUA. Assim como na audiência de ontem na Câmara, ele afirmou que a política monetária acomodatícia segue apropriada, mas disse que as discussões sobre o "tapering" continuam.

Na China, o Produto Interno Bruto (PIB) subiu 7,9% no segundo trimestre em relação a igual período de 2020, em linha com a expectativa do mercado. As vendas no varejo e a produção industrial, contudo, vieram melhores do que o esperado.

Também ficou no radar do mercado a disseminação da variante delta do coronavírus, que é mais contagiosa que as anteriores e pode atrasar a retomada econômica.

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