Petróleo: restrição de oferta faz preço do barril atingir máxima do ano

Investing.com  |  Autor Peter Nurse

Publicado 14.09.2023 10:22

Atualizado 14.09.2023 10:54

Investing.com -- Os preços do petróleo atingiram os níveis mais altos do ano nesta quinta-feira, 14, sustentados pela perspectiva de escassez de oferta, que ofuscou as preocupações com a desaceleração econômica e o aumento dos estoques nos EUA.

Às 10h50 de Brasília, o petróleo norte-americano avançava 1,46%, a US$ 89,81 por barril, enquanto o Brent se valorizava 1,50%, a US$ 93,26 por barril, no mercado futuro.

Ambas as referências do setor devem terminar a semana com forte alta, dando continuidade ao avanço da semana anterior, após a Arábia Saudita e a Rússia anunciarem que manterão os cortes voluntários na produção até o final do ano.

Restrição de oferta impulsiona os preços/h2

A decisão desses dois grandes países produtores de restringir a oferta resultará em um déficit de mercado no último trimestre do ano, de acordo com a Agência Internacional de Energia (AIE) em seu relatório mensal divulgado na última quarta-feira.

A expectativa de mercados menos abastecidos provavelmente dará suporte aos preços nos próximos meses, como também observou a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) em seus relatórios mensais no início desta semana.

A Opep também manteve suas projeções de forte crescimento na demanda global por petróleo este ano e no próximo, afirmando que “os níveis de demanda global por petróleo anteriores à covid-19 serão superados em 2023”.

Aperto monetário gera preocupações/h2

Esse tom otimista ajudou os investidores a ignorar as preocupações com as taxas de juros mais altas nos EUA, capazes de afetar a atividade econômica no maior país consumidor mundial de energia.

Dados divulgados na quinta-feira mostraram que os preços ao produtor nos EUA subiram mais do que o esperado em agosto, enquanto as vendas no varejo aumentaram inesperadamente, sugerindo um cenário misto de inflação persistente e consumo resiliente antes da decisão de política monetária do Federal Reserve na próxima semana.

Os estoques nos EUA cresceram inesperadamente na semana até 8 de setembro, com um aumento no armazenamento de gasolina e destilados, indicando que a demanda por combustíveis estava começando a diminuir com o fim da temporada de verão.

Além disso, o Banco Central Europeu elevou as taxas de juros em 25 pontos-base até a máxima histórica na quinta-feira, o décimo aumento consecutivo, com as autoridades enfatizando o compromisso de combater a inflação elevada na zona do euro.

“A inflação continua arrefecendo, mas a expectativa é que permaneça alta por muito tempo”, afirmou o BCE em comunicado.

Dados econômicos da China encerram a semana/h2

A semana termina com mais indicadores econômicos do maior país importador de petróleo do mundo, com leituras de produção industrial e vendas no varejo da China previstas para sexta-feira.

Embora alguns indicadores econômicos, especialmente os de comércio e inflação, tenham mostrado melhorias marginais na economia chinesa em agosto, o sentimento geral em relação ao país permaneceu amplamente negativo, já que enfrenta uma recuperação econômica mais lenta.

Isso também manteve os mercados céticos quanto à capacidade da China de estimular a demanda global por petróleo até as máximas recordes este ano.

(Com contribuições de Ambar Warrick. Tradução de Julio Alves.)

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