Petróleo sobe com decisão da Opep+ de cortar produção a partir de outubro

Investing.com  |  Autor Scott Kanowsky

Publicado 05.09.2022 10:10

Atualizado 05.09.2022 11:14

Por Scott Kanowsky

Investing.com – A Opep+ concordou em reduzir as cotas de produção de petróleo em cerca de 100.000 barris por dia a partir de outubro, na tentativa de elevar os preços diante de preocupações com uma possível desaceleração econômica mundial.

A decisão foi tomada pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo, em conjunto com seus aliados, inclusive a Rússia, apesar de expectativas de que mantivessem os níveis de produção inalterados.

Alguns analistas previram que a Opep poderia aguardar o resultado das tratativas de retomada do acordo nuclear de 2015 entre o Irã e potências mundiais, já que o resultado poderia ser a remoção das sanções a Teerã. Isso permitiria que o país persa elevasse as exportações e diminuísse a restrição de oferta em cerca de 1 milhão de barris por dia, ou cerca de 1% da demanda mundial.

No entanto, a Arábia Saudita, líder de fato da Opep+, defendeu recentemente a ideia de reduzir os níveis de produção, a fim de lidar com o que descreveu como correção exagerada dos preços do petróleo.

A cotação do barril recuou nos últimos três meses, depois de tocar máximas de vários anos em março. Persistem temores de que as altas de juros para combater a inflação e de que os bloqueios sanitários em partes da China, maior país importador do produto, possam desacelerar o crescimento mundial e arrefecer a demanda petrolífera.

O que também estava influenciando o mercado de petróleo nesta segunda-feira eram notícias de que a Rússia havia interrompido indefinidamente a oferta de gás através do gasoduto Nord Stream para a Alemanha, aumentando as preocupações com uma crise energética na zona do euro e respaldando a demanda petrolífera.

A iniciativa de Moscou de encerrar o fornecimento de gás através desse importante gasoduto ocorre quase que imediatamente depois que ministros de finanças do G-7 concordaram em impor um teto de preços para as exportações petrolíferas da Rússia, com o objetivo de enfraquecer financeiramente o governo do presidente Vladimir Putin, que continua sua invasão da Ucrânia.

Há dúvidas quanto à eficiência desse plano, haja vista que grandes compradores, como China, Índia e Turquia, precisariam participar.

Às 11h10 (horário de Brasília), o petróleo norte-americano subia 3,67%, a US$ 90,03 por barril, enquanto o Brent se valorizava 3,87%, a US$ 96,63 por barril, no mercado futuro.

Já o contrato futuro de gasolina RBOB nos EUA saltava 1,37% a US$ 2,4966 por galão.

 

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