Investing.com
Publicado 06.12.2021 15:52
Atualizado 06.12.2021 17:57
Por Barani Krishnan
Investing.com - Os preços do petróleo subiram 4% na sua retomada mais forte desde o início dos temores com a variante ômicron, enquanto os longs voltaram ao mercado ao verem menos manchetes negativas sobre a variante na segunda-feira.
Os ânimos também foram reforçados pela iniciativa da Arábia Saudita de aumentar o PSO, ou o Preço Oficial de Venda, do seu petróleo bruto com destino aos EUA e Ásia a partir de janeiro, com novos indícios de que a OPEP e seus aliados poderão voltar a fazer cortes na produção.
O petróleo WTI, negociado em Nova York e referência de preço nos EUA, apresentava alta de US$ 2,68, ou 4%, a US$ 68,94 por barril às 15:30h. O WTI atingiu o menor valor em quatro meses na semana passada, a US$ 62,48, após alcançar a máxima em sete anos de US$ 85,41 em meados de outubro.
O Brent, cotado em Londres e referência mundial de preço, subiu US$ 2,64, ou 3,8%, para US$ 72,52. O Brent caiu para US$ 65,80 na semana passada, em relação a uma máxima desde 2014 de US$ 86,70 em meados de outubro.
Embora houvesse fortes compras entre os investidores, que tiveram um senso de barganhas em relação às mínimas da semana passada, alguns analistas alertaram para o fato de que o ímpeto ascendente pode se reverter a qualquer momento, caso novos alertas sobre a ômicron penetrassem de volta nos mercados.
"Em última análise, a coisa mais otimista para os preços é que a ômicron é aparentemente menos grave e, se mais boas notícias como essa se seguirem, podemos todos relaxar um pouco e os riscos negativos para a economia irão diminuir", disse Craig Erlam, analista da plataforma de negociação online OANDA.
Mas ele também disse que era "muito cedo para se deixar levar" pelo indulto do vírus .
"Vimos isto repetidamente desde que as primeiras notícias surgiram pouco mais de uma semana atrás. Os mercados têm sido muito guiados pelas manchetes e este é apenas o último rali em função de algumas notícias positivas".
"Se não vierem boas notícias na sequência, a OPEP+ voltará a restringir a produção e dar suporte aos preços dessa forma. A questão é quanto as mínimas serão testadas no meio tempo, se é que serão testadas. A determinação dos produtores já foi testada antes em diversas ocasiões".
O Secretário-Geral da OPEP, Mohammad Barkindo, disse no sábado que os produtores de petróleo poderiam voltar a reduzir a produção se não conseguirem estancar a hemorragia dos preços da commodity das últimas seis semanas.
"Continuaremos a fazer o que sabemos fazer melhor para garantir que iremos atingir a estabilidade no mercado de petróleo numa base sustentável", disse Barkindo durante um evento do setor no sábado.
Trocando em miúdos, isso quer dizer que os 400.000 barris diários adicionais que a OPEP e seus aliados haviam se comprometido a produzir desde julho provavelmente serão esquecidos se a demanda global e os preços do petróleo bruto se mantiverem anêmicos quando janeiro chegar.
A OPEP e seus aliados, sob o manto da OPEP+, continuam represando cerca de 5 milhões de barris de oferta diária regular do mercado, como parte dos cortes de produção efetuados no auge das quedas de preços em função da Covid-19. A aliança tem indicado repetidamente que não tem problema algum em ampliar esses cortes.
Os cortes na produção e os aumentos do PSO por parte da Arábia Saudita, líder da OPEP+, têm sido duas medidas comprovadas para elevar os preços do petróleo.
O petróleo bruto saudita "grau leve árabe" para clientes asiáticos terá um adicional de US$ 3,30 por barril sobre um valor de referência a partir de janeiro, US$ 0,60 a mais que em dezembro, afirmou a Aramco (SE:2222), empresa petroleira estatal do reino saudita, na segunda-feira. A Aramco também aumentou em US$ 0,80 os preços gerais do seu petróleo de janeiro para a Ásia e a América.
Escrito por: Investing.com
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