Preços mundiais de alimentos caem pelo 10º mês consecutivo em janeiro, diz FAO

Reuters

Publicado 03.02.2023 08:28

ROMA (Reuters) - Os preços mundiais dos alimentos caíram em janeiro pelo décimo mês consecutivo, e registram agora uma baixa de aproximadamente 18% em relação ao recorde atingido em março do ano passado, após a invasão da Ucrânia pela Rússia, informou a agência de alimentos das Nações Unidas nesta sexta-feira.

O índice de preços da Organização para Agricultura e Alimentação (FAO), que acompanha as commodities alimentares mais negociadas globalmente, teve uma média de 131,2 pontos no mês passado, contra 132,2 em dezembro. Essa foi a leitura mais baixa desde setembro de 2021.

O número de dezembro foi revisado para baixo de uma estimativa original de 132,4.

Quedas nos preços de óleos vegetais, laticínios e açúcar ajudaram a derrubar o índice, enquanto cereais e carnes permaneceram praticamente estáveis, disse a FAO.

O índice de preços de cereais da FAO subiu apenas 0,1% em janeiro em relação ao mês anterior, alcançando um aumento de 4,8% no ano. Os preços internacionais do trigo caíram 2,5% com a produção na Austrália e na Rússia superando as expectativas. O arroz, por outro lado, saltou 6,2%, impulsionado em parte pela forte demanda local em alguns países asiáticos exportadores.

Os preços dos óleos vegetais caíram 2,9% em janeiro, o índice de lácteos baixou 1,4% e o açúcar recuou 1,1%. A carne caiu apenas 0,1%.

Em estimativas separadas de oferta e demanda de cereais divulgadas nesta sexta-feira, a FAO elevou sua previsão para a produção global de cereais em 2022 para 2,765 bilhões de toneladas, contra estimativa anterior de 2,756 bilhões de toneladas.