Produção da Petrobras cai no 3º tri ante 2020; avança no pré-sal

Reuters

Publicado 20.10.2021 19:36

Por Marta Nogueira e Gram Slattery

RIO DE JANEIRO (Reuters) - A produção de petróleo e LGN da Petrobras (SA:PETR4) somou 2,269 milhões de barris por dia (bpd) entre julho e setembro, queda de 4% na comparação com o mesmo período de 2020 e avanço de 1,9% ante o trimestre anterior, informou a companhia nesta quarta-feira, em seu relatório de produção.

Ao mesmo tempo que realiza um amplo processo de desinvestimento de campos de menor produção e enfrenta declínio natural em ativos maduros em terra e no pós-sal, a petroleira também tem avançando na produção nas suas áreas mais prolíficas, com o pré-sal puxando o volume para cima.

O aumento da produção na comparação mensal, segundo a Petrobras, foi devido principalmente à entrada em operação em agosto do FPSO Carioca, no campo de Sépia, e à maior média de produção no trimestre do FPSO P-70, no campo de Atapu, que atingiu a capacidade máxima no início de julho.

"Tanto Sépia como Atapu estão localizados no pré-sal da Bacia de Santos, que vem se consolidando como uma área excepcional com grandes reservas, baixo risco e custos competitivos", disse a petroleira, em nota à imprensa.

No pré-sal, a produção de petróleo da companhia somou 1,673 milhão de bpd, alta de 1,3% versus o mesmo período do ano passado e avanço de 3,3% ante o segundo trimestre.

A produção total de petróleo e gás natural, por sua vez, somou 2,83 milhões de barris de óleo equivalente ao dia (boe/d) entre julho e setembro, queda de 4,1% ante um ano antes.

Do total, a produção da Petrobras no pré-sal totalizou 2,01 milhões de boe/d no terceiro trimestre, representando 71% da produção total da companhia.

h2 Comercialização de derivados/h2

As vendas de derivados neste trimestre alcançaram volumes de 1,9 milhão de bpd, alta 10,7% na comparação com o mesmo trimestre de 2020 e avanço de 10,6 na comparação com o trimestre anterior, com aumento na comercialização de todos os produtos, destacando-se o crescimento da gasolina, do diesel e do QAV.

"A produção de derivados nas refinarias também subiu 11% no mesmo período devido à maior demanda do mercado interno e maior disponibilidade das unidades de refino com a conclusão de paradas programadas de manutenção concentradas no trimestre anterior", disse a Petrobras.

"Na comparação do segundo e do terceiro trimestre, o fator de utilização das refinarias aumentou de 75% para 85%."