Sanções geram desordem no comércio russo de petróleo, com navios sendo recusados

Reuters

Publicado 01.03.2022 13:58

MOSCOU (Reuters) - Produtores russos de petróleo estão adiando ofertas de vendas pela falta de compradores, com importadores na Europa e na Ásia rejeitando barcos russos em meio a uma disrupção crescente causada pelas sanções impostas a Moscou pela guerra contra a Ucrânia.

O Ocidente e muitos outros países agiram rapidamente para impor sanções contra empresas, bancos e indivíduos da Rússia, após a invasão russa à Ucrânia semana passada. Moscou classifica suas ações no país vizinho como uma “operação especial”.

A petrolífera Surgutneftegaz (LON:SNGSyq) adicionou 80.000 toneladas de petróleo dos Urais ao seu cronograma de embarques de março no porto de Novorossiisk no Mar Negro e ofereceu a carga em uma oferta pública, disseram traders, embora tentativas anteriores de vender cargas por meio de ofertas tenham falhado.

“Exportações por mar em março não serão feitas. Ninguém quer comprar, transportar ou armazenar óleo russo. É um grande problema”, disse um trader de petróleo russo.

O governo da Malásia disse que um navio petroleiro com a bandeira russa, alvo de sanções dos EUA, não poderá fazer escala no porto de Kuala Linggi, evidenciando a pressão global para sufocar empresas ligadas a Moscou por causa da invasão à Ucrânia.

O fornecimento de energia da Rússia não é um alvo direto das sanções, mas há preocupações cada vez maiores de que as exportações de petróleo e gás sejam atingidas pela repercussão das restrições impostas a outros setores.

“Eles disseram, sem sanções diretas à energia, mas ainda é impossível abrir carta de crédito para operações comerciais”, disse um trader.

As empresas de energia BP e Shell (NYSE:SHEL) abandonaram posições de múltiplos bilhões de dólares na Rússia, enquanto bancos, companhias aéreas, montadoras e outros cortaram remessas, encerraram parcerias e classificaram as ações de Moscou como inaceitáveis.

O monopólio russo de oleodutos Transneft planeja aumentar o fornecimento de óleo para 40,3 milhões de toneladas via sua rede em março, de 35,7 milhões de toneladas em fevereiro, segundo a agência de notícias RIA.

A Transneft, que lida com mais de 80% do total da produção de petróleo na Rússia, também planeja aumentar as remessas para a China este mês, por meio do oleoduto ESPO, para 2,48 milhões de toneladas, de 2,22 milhões de toneladas em fevereiro, segundo a agência de notícias TASS.

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