Reuters
Publicado 01.07.2022 16:42
Atualizado 01.07.2022 20:05
Por Roberto Samora
SÃO PAULO (Reuters) - A exportação de milho do Brasil para 2022 foi estimada nesta sexta-feira em 41 milhões de toneladas, o que igualaria o recorde de 2018/19, disse consultoria StoneX, que elevou sua projeção mensal em 1 milhão de toneladas após ajustar para cima a perspectiva de safra.
A produção total do país em 2021/22 foi estimada também nesta sexta-feira em um recorde de 119,3 milhões, disse a StoneX.
Além da safra maior que a esperada, para elevar a projeção de embarques a empresa também considerou a oferta restrita de milho no mercado internacional em meio à guerra na Ucrânia, o que traz mais interessados ao cereal brasileiro.
Na temporada passada, quando o Brasil produziu 86,6 milhões de toneladas, com a safra sofrendo com geadas e seca, a exportação brasileira somou apenas 20,9 milhões de toneladas.
O analista de inteligência de mercado da StoneX João Pedro Lopes comentou que os embarques de junho foram fortes para o período, superando 1 milhão de toneladas, confirmando o interesse do mercado global pelo produto do país.
"O governo divulgou hoje o volume embarcado em junho. Ficou em 1,05 milhão de toneladas, o que é um número alto para essa época do ano", ressaltou ele à Reuters.
Mas a maior parte só começa a ser exportada mesmo a partir de julho/agosto, com a chegada da colheita da segunda safra ao mercado.
Conforme dados da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec), de janeiro a maio os embarques do Brasil somaram cerca de 5 milhões de toneladas, enquanto as exportações de milho do país costumam ganhar força no segundo semestre.
Para este mês, disse o analista, "no momento nossos indicativos de line-up apontam para um volume mais próximo do registrado em julho de 2020, algo em torno de 3,5 milhões de toneladas".
Em julho do ano passado, o Brasil embarcou 2 milhões de toneladas, e em julho de 2020, 4 milhões de toneladas, citou ele.
Escrito por: Reuters
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