Especialistas recomendam à FDA reforço de vacina da Moderna para idosos e imunossuprimidos

Reuters

Publicado 14.10.2021 13:04

Atualizado 14.10.2021 16:50

Por Manas Mishra e Julie Steenhuysen

(Reuters) - Um painel de especialistas consultores da Agência de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos (FDA) recomendou por unanimidade, nesta quinta-feira, uma dose de reforço da vacina contra Covid-19 da Moderna (NASDAQ:MRNA) para pessoas com 65 anos ou mais e aqueles com alto risco de doença grave.

Se a FDA acatar a recomendação dos conselheiros e aprovar o reforço da vacina da Moderna, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC) fará recomendações específicas sobre quem deveria recebê-la. O CDC deve se reunir para debater a questão na próxima semana.

O Comitê Consultivo de Vacinas e Produtos Biológicos Relacionados da FDA se reuniu nesta quinta para considerar a dose adicional da vacina da Moderna, e vai avaliar se fará uma recomendação semelhante para o imunizante da Johnson & Johnson (NYSE:JNJ) na sexta-feira. A votação para apoiar o reforço da Moderna foi por 19 a 0.

A Moderna está buscando autorização para um reforço que contém 50 microgramas de vacina, metade da força de sua dose normal, mas ainda maior do que a injeção da Pfizer/BioNTech, de 30 microgramas.

Além das pessoas com 65 anos ou mais e aqueles em risco de Covid-19 grave, o painel de especialistas votou para recomendar a autorização de uma terceira dose da vacina da Moderna para indivíduos de 18 a 64 anos em risco de exposição frequente a infecções por coronavírus devido ao trabalho. As doses seriam administradas pelo menos seis meses após a inoculação inicial de duas doses.

As autoridades de saúde dos EUA estão sob pressão para autorizar as doses de reforço de vacinas contra Covid-19 depois que a Casa Branca anunciou em agosto que planejava uma ampla campanha de reforço, a depender das aprovações da FDA e do CDC.

Durante a reunião dos conselheiros da FDA, autoridades de saúde de Israel disseram que as doses de reforço da vacina contra Covid-19 da Pfizer-BioNTech melhoraram a proteção contra casos graves de doença em pessoas de 40 anos ou mais velhas.

"O que estamos vendo é uma ruptura na curva epidêmica em Israel", disse Sharon Alroy-Preis, diretora dos serviços de saúde pública do Ministério da Saúde israelense.