Infecções iniciais por Ômicron não devem proteger contra atuais variantes

Reuters

Publicado 17.06.2022 20:22

Por Nancy Lapid

NOVA YORK (Reuters) - Pessoas infectadas com a primeira versão da variante Ômicron do coronavírus, inicialmente identificada na África do Sul em novembro, podem estar vulneráveis a serem reinfectadas com versões posteriores da Ômicron, mesmo vacinadas e tendo recebido doses de reforços, segundo uma nova pesquisa.

Pacientes vacinados com infecções da Ômicron BA.1 desenvolveram anticorpos que podem neutralizar aquele vírus e o vírus original SARS-CoV-2, mas as sublinhagens da Ômicron circulando neste momento têm mutações que permitem que elas escapem desses anticorpos, disseram pesquisadores da China nesta sexta-feira na revista Nature.

A Ômicron BA.2.12.1, que atualmente causa a maioria das infecções nos Estados Unidos, e as Ômicron BA.5 e BA.4, que agora representam mais de 21% dos novos casos nos EUA, contêm mutações que não estão presentes nas versões BA.1 e BA.2 da Ômicron.

Essas sublinhagens mais novas “escapam dos anticorpos neutralizantes induzidos pela infecção por SARS-CoV-2 e pela vacinação”, descobriram os pesquisares com experimentos em tubo de ensaio.